O Instituto Médico Legal (IML) de Londrina concluiu que Sandra Mara Curti, 43 anos, servidora da UEL (Universidade Estadual de Londrina) foi morta com 22 facadas pelo ex-marido, o açougueiro Alan Borges. Os golpes foram desferidos na casa onde ela morava com os dois filhos do casal, na zona leste da cidade. Ela morreu horas depois na Santa Casa.
Borges foi contido no local por vizinhos que escutaram o barulho da confusão. Nos dois interrogatórios prestados para a Polícia Civil, assegurou que o crime não foi premeditado e que "perdeu a cabeça".
O advogado criminalista Alexandre Aquino, que defende o acusado, reconhece que possivelmente o seu cliente vá a júri popular. Lá, ele vai tentar a desclassificação do feminicídio triplamente qualificado, delito pelo qual ele foi denunciado pelo Ministério Público, para o homicídio privilegiado, que tem uma pena menor.
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Segundo Aquino, o açougueiro foi xingado por Sandra, o que teria provocado o descontrole emocional. A faca usada foi apreendida pela polícia e estava em um dos bolsos de Borges. Ele negou ter levado o objeto com a intenção de matar a ex-esposa e disse que essa era um hábito comum quando saía do trabalho.
O advogado relatou ao Bonde que pedirá uma perícia no celular de Borges, que está detido preventivamente. A defesa da família de Sandra, representada pelo advogado Reinaldo Júnior, criticou os argumentos do açougueiro e observou que a funcionária pública foi "alvo de uma brutalidade".
Enquanto isso, o processo contra Alan Borges segue avançando na Justiça. Na última sexta-feira (17), o juiz da 1ª Vara Criminal, Paulo César Roldão, aceitou a denúncia do promotor Tiago Gerardi, o que transforma o açougueiro em réu.