A Polícia Civil de Campo Mourão (PR) prendeu hoje 17 pessoas acusadas de envolvimento com o tráfico de drogas. Entre os detidos está uma jornalista, que seria amante de um dos traficantes e repassaria informações conseguidas com a polícia em razão do trabalho profissional. "Ela passava essas informações privilegiadas para a quadrilha", disse o delegado José Aparecido Jacovós. Outras duas pessoas, entre elas um advogado, estão foragidas.
A jornalista Maritania Forlin, 28 anos, tem um programa de variedades, em produção independente, transmitida por uma das emissoras de Campo Mourão. Ao ser presa pela manhã, em sua casa, ela negou qualquer participação no auxílio ao tráfico. Segundo Jacovós, ela disse apenas que mantinha relacionamento amoroso com Gilmar Tenório Cavalcanti, apontado como chefe da quadrilha, também preso. Ele já tinha outras passagens pela polícia. O delegado disse que há gravações de áudio que comprovariam o envolvimento dela.
"Quando precisava de algum usuário de droga para entrevistar no programa ligava para ele, que lhe indicava alguém e passava a ser produtor", disse o delegado. "Vamos interrogá-la e apresentar os áudios para que confirme se a voz é dela". Em outra, o traficante diz que ia atrás de alguém para matar. Uma mulher, que, de acordo com a polícia, seria a jornalista, pergunta se ele iria "apagar" o cara e incentiva dizendo que "a cidade está muito parada".
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Durante a operação realizada hoje, que recebeu o nome de Vila Mendes, por ser o local onde a quadrilha atuava, foram apreendidos cinco veículos, 40 quilos de maconha, R$ 28 mil e armas. A investigação começou há três meses, após a morte de um rapaz de 19 anos, em razão de uma dívida com a quadrilha.