A Polícia Civil indiciou um rapaz de 29 anos que é suspeito de ter efetuado disparos de arma de fogo em uma rua de Alvorada do Sul no dia 25 de agosto. Ele foi preso pela PM e encaminhado para a cadeia pública de Bela Vista do Paraíso (40 km de Londrina), onde permanece até hoje. Segundo o delegado Marcos Rubira, o jovem teria atirado perto de sua própria casa e fugido da abordagem, mas acabou detido na residência.
Em depoimento, policiais militares que atenderam a ocorrência encontraram seis gramas de maconha no bolso da bermuda de Adrien Pereira Neves e duas munições de calibre 38, mas não localizaram a arma. Os agentes também identificaram uma ligação clandestina de energia elétrica, popularmente conhecido como "gato de luz".
De acordo com o inquérito, Neves deve responder por furto, posse irregular de arma de fogo ou munição, de drogas e resistência. Ele, que passou por audiência de custódia e teve a prisão preventiva mantida na semana passada, teve oportunidade para se defender na delegacia, mas não quis detalhar sua versão.
Leia mais:
Polícia de SP prende jovem que invadia condomínios de luxo em Londrina
Polícia Militar vai apurar caso de soldado que entrou em reality show sem autorização
Polícia Civil prende três pessoas em flagrante por falsificação de produto medicinal em Curitiba
Polícia Civil indicia casal suspeito por tortura, extorsão e corrupção de menores em Curitiba
O advogado do rapaz, Fábio Fulan, diverge do entendimento da polícia. "Ele nega tudo, principalmente essa informação de ter resistido à abordagem dos PMs. O Adrien estava assistindo em casa assistindo televisão com a esposa e os filhos. De forma alguma teria atirado em plena via pública. Não há nenhuma prova disso, podendo ser até alguém que queira prejudicá-lo. Outra acusação é que ele utilizaria a própria residência para o tráfico de drogas, mas os policiais nunca encontraram nada", informou.
Segundo o defensor, "Adrien poderia ter participado da última fuga da cadeia de Bela Vista, quando oito detentos escaparam, mas preferiu ficar em respeito às autoridades". A defesa aguarda a apreciação de um pedido de liberdade provisória ingressado em primeira instância.