A Polícia Civil investiga a morte de Paulo Roberto Pinho de Menezes, de 18 anos, após perseguição policial na Favela de Manguinhos, zona norte do Rio, na quarta-feira, 16, de madrugada. Parentes do rapaz acusam PMs da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) de tê-lo espancado até a morte em um beco na comunidade. Os policiais negam.
Os policiais acusados disseram na 21ª Delegacia de Polícia (DP) que Menezes tentou fugir de uma abordagem, desmaiou e caiu no chão antes de ser capturado. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, a vítima chegou morta na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Manguinhos, para onde foi levado em um carro da PM.
O delegado José Pedro da Silva afirmou na quarta-feira que exames preliminares do Instituto Médico-Legal (IML) apontam que Menezes estava sob efeito de drogas. Os peritos constataram uma lesão no lado direito da boca do rapaz. Não havia marcas de tiros ou facadas no cadáver. O delegado disse ainda que o rapaz tinha sete passagens pela polícia, por furto e assalto a mão armada.
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Parentes de Menezes dizem que ele foi arrastado pelos PMs para um beco escuro, onde teria sido espancado e morto. Segundo familiares, o adolescente tinha desavença com um policial da UPP e estaria sendo ameaçado.
Na quarta-feira, 16, à tarde, vizinhos e amigos fizeram uma manifestação contra a ação da polícia. Eles arremessaram pedras contra policiais que patrulhavam a área. A estudante Juliane Karoline Cavalcante dos Santos, de 17, foi atingida por um tiro na perna direita durante o protesto e está hospitalizada.
Em nota, a Coordenadoria de Polícia Pacificadora informou que, por volta das 3h15 de quarta-feira, 16, policiais "em patrulhamento de rotina na localidade conhecida como Barrinho, avistaram quatro jovens em atitude suspeita e, ao se aproximarem para realizar a abordagem, um dos jovens fugiu em direção a um beco, visivelmente alterado, caiu desmaiado antes mesmo de ser capturado pelos policiais".
Ainda segundo o comunicado, os policiais "colocaram o jovem desacordado dentro da viatura e o levaram para a UPA de Manguinhos". A nota diz também que, "de acordo com relatos dos policiais, os jovens que estavam com Paulo Roberto afirmaram que ele havia cheirado loló minutos antes do ocorrido".