A Vara Criminal de Campina Grande do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), acatou nesta quarta-feira (14) a denúncia oferecida pelo Ministério Público do Paraná (MPPR) contra três policiais civis por prática de tortura na Delegacia de Quatro Barras, em março deste ano. A Justiça determinou, também, o afastamento dos três de suas funções.
Nos autos, a juíza Paula Priscila Candeo Figueira afirmou que, "analisando o caderno processual, nota-se que os agentes criminosos causaram grave mal injusto à vítima, que teve lesões consideráveis, e nesse passo os réus, visando se eximirem de qualquer responsabilidade civil ou penal, tentaram alterar a verdade dos fatos, produzindo álibis falsos, forjando provas e coagindo testemunhas".
Segundo o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), que ofereceu a denúncia no último dia 5, a vítima era um ex-motorista de ônibus. Ele estava afastado dos serviços por causa de stress pós-traumático, sofrido em decorrência de assaltos pelos quais passou no trabalho. No dia 12 de março, o homem teria ido a um bar e misturou bebida a medicamentos, o que o levou a ter um distúrbio. O ex-motorista provocou confusão e discutiu com pessoas no bar, o que fez a população chamar a Guarda Municipal.
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Por causa da situação, os guardas chamaram a Polícia Militar (PM) que, naquele momento, informou que não poderia atender o caso, pois estaria com todo o efetivo empregado em outra ocorrência. Com isso, os policiais civis foram chamados e se dirigiram até a casa do homem. Na residência, segundo o MPPR, os policiais teriam espancado o homem na frente da família e de vizinhos. (com informações do repórter Rúbens Chueire Jr., da Folha de Londrina)