A juíza da Vara Criminal de Cambé, Jessica Valéria Catabriga Guarnier, concedeu liberdade provisória na última sexta-feira (1º) a João Henrique Zaleski, 24 anos, e João Maria Zaleski, considerados pela Polícia Civil como protagonistas de um golpe aplicado em uma empresa de materiais de construção da cidade. Os dois só serão soltos com o pagamento de fiança de um salário mínimo, mas o pai deverá comparecer mensalmente ao Fórum para informar suas atividades, não mudar de endereço sem comunicar a Justiça e ficar em casa das 22h às 6h, principalmente aos sábados, domingos e feriados.
O jovem nunca havia sido preso, mas o mais velho tem, segundo o delegado Roberto Fernandes de Lima, "experiência no estelionato". Porém, para a magistrada, tratam-se de "processos antigos, sendo que o mais recente é de ameaça, ainda não julgado". Ela escreveu que "a prisão provisória é medida excepcional, somente encontrando justificativa na necessidade, exigindo-se para sua manutenção elementos concretos". Os suspeitos haviam sido detidos por investigadores na última quinta-feira (28).
De acordo com Lima, Joao Zaleski ligou para o estabelecimento comercial dizendo que era bombeiro e dono de um jornal chamado "Bombeiros do Brasil". Ele pediu doações para auxiliar a corporação que está trabalhando no socorro às vítimas do rompimento da barragem da Vale em Brumadinho, interior de Minas Gerais. Em troca, colocaria o nome da loja no suposto veículo de comunicação.
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O empresário que atendeu a ligação informou que se prontificaria a doar R$ 200 para a iniciativa. No dia seguinte, quando recebeu Zaleski, o gerente ficou desconfiado depois de perguntar qual batalhão o rapaz pertencia. Sem respostas, chamou os bombeiros de Cambé para resolver o impasse, quando também a fraude foi descoberta. Agora, a polícia tem 30 dias para terminar o inquérito.