A Justiça Federal do Paraná ouviu, na manhã desta sexta-feira, em Curitiba, duas testemunhas de acusação do processo relacionado à Operação Lava Jato, que apura um milionário esquema de desvio de verbas para o exterior e lavagem de dinheiro, envolvendo contratos da Petrobras. Com o doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa participando como ouvintes da audiência, por serem parte interessada, o juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal do Paraná ouviu um delegado e um agente da Polícia Federal envolvidos na operação.
Os únicos envolvidos nas audiências a falar com a imprensa no final dos depoimentos foram os advogados de Costa e Youssef. "O que eles fizeram foi tentar dar sustentação ao trabalho da PF, mas não apontaram nenhuma prova contra meu cliente. A acusação é muito frágil, não há nenhum indício de crime praticado", disse Nelio Machado, que defende o ex-diretor da Petrobras. "Ficou demonstrado que não existe prova nenhuma de corrupção em relação à Petrobras. Não nada que indique lavagem de dinheiro", disse o advogado do doleiro, Figueiredo Basto.
À tarde, em mais uma hora e meia de audiência, foram ouvidos outros dois policiais federais, no processo que envolve as doleiras Nelma Kodama e Iara Galdino da Silva, que também deixaram suas celas para participar como ouvintes da sessão. Na saída da audiência, o advogado de Kodama, Marden Maués, disse que sua cliente pretendia declarar os 200 mil euros que carregava em sua roupa íntima quando foi presa no aeroporto de Guarulhos, mas não o fez porque o posto da Receita Federal estava fechado.
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Na próxima semana está previsto, para o dia 18, sexta-feira, audiência para a oitiva das testemunhas de defesa dos processos contra Youssef, Costa, Kodama e Iara. Para o dia 22, a Justiça Federal marcou o depoimento de testemunhas de acusação no processo que envolve o doleiro Carlos Chater.