O pedreiro Angelo Batista Candido, 42 anos, estava sentado na manhã desta terça-feira em uma mureta da Rua José Jorge Chedid, nas Moradias Tibagi (zona norte de Londrina). Queria ficar um pouco longe de sua casa, onde estava sendo velado o corpo de seu filho, o lavador de carros Maicon Silva Candido, 18 anos. ''Maiquito'', como também era conhecido, morreu ao levar pelo menos sete tiros na Rua Amélia Venturini Biaggio, no Jardim Imagawa (zona norte), na altura de uma lanchonete, poucas centenas de metros de sua casa. Foi o 33º homicídio registrado em Londrina em 2003.
''Olha, não tenho nem coragem de entrar lá em casa e ver meu filho'', dizia Candido, visivelmente abatido. Era 23h30 quando ele foi chamado por conhecidos. Ao chegar no local do crime, não havia mais nada o que fazer para salvar o filho. Maicon saiu para acompanhar a namorada até a casa dela e foi alvejado quando retornava.
De acordo com o pai, Maicon estava levando uma vida normal, se esforçando e trabalhando. Mas já teve passagens: há dois anos, passou pelo Centro Integrado de Atendimento ao Adolescente Infrator (Ciaadi), por roubo. Ele acredita que o filho não estava envolvido com drogas. ''Não tenho idéia do que pode ter acontecido'', revelou o pedreiro.
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O delegado do 5º Distrito Policial, José Arnaldo Peron, disse no final da tarde de ontem que já tinha um suspeito do homicídio. Faltava apenas confirmar sua identidade e o local onde mora. Ele não sabia ainda qual teria sido a motivação do crime.
Quanto ao assassinato do jovem Edson Gomes de Melo, de 18 anos, ocorrido no último domingo, no Jardim União da Vitória II (zona sul), os suspeitos Sérgio Rodrigues de Oliveira e Ricardo Gomes deverão se apresentar nesta quarta-feira pela manhã ao delegado do 4º Distrito Policial, Roberto Huming.