Mais um advogado deixou hoje a defesa do goleiro Bruno Fernandes, acusado de matar sua ex-amante Eliza Samudio, de 25 anos, no ano passado, quando ainda atuava no Flamengo. Cláudio Dalledone Júnior formalizou hoje junto à Justiça mineira sua renúncia à causa. O atleta já havia dispensado o advogado Ércio Quaresma, que chegou a ser suspenso pela seção mineira da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MG) após assumir ser dependente de crack.
Segundo o Tribunal de Justiça de Minas, o goleiro é defendido também por Caio Fortes de Matheus, que trabalha com Dalledone no Paraná, e o mineiro Robson Martins Pinheiro Melo. Mas Cláudio Dalledone não quis confirmar se Bruno manterá os outros defensores. "Já havia avisado ele há algum tempo que iria renunciar, para dar tempo para escolher outro e preparar a defesa", disse.
O advogado disse que renunciou por não concordar com "autodefesa". Além de Bruno, também vão a júri popular Luiz Henrique Romão, o Macarrão, Sérgio Rosa Sales e o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola. Todos aguardam o julgamento presos. A defesa dos demais acusados insiste na tese de que, como o corpo de Eliza não foi encontrado, não há crime.
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Dalledone não quis entrar em detalhes, mas afirmou que a defesa técnica que pretendia fazer não segue esta linha. "Não concordo com o argumento de falta de materialidade. É um argumento infantil e retórico. Por isso, renuncie como prega a boa ética. Mas tenho convicção de que ele (Bruno) é inocente e tenho o dever do segredo, apesar de não estar mais na causa", afirmou o advogado.