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Baleado em confronto policial

Morte de adolescente de 14 anos em favela é investigada

Agência Estado
27 dez 2011 às 20:59

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A Polícia Civil e o Exército investigam a morte a tiros de um adolescente de 14 anos na Favela Vila Cruzeiro, na Penha, zona norte do Rio de Janeiro. Abraão da Silva Maximiliano foi o primeiro morto em suposto confronto entre traficantes e militares, desde o início da ocupação do Exército, no Complexo do Alemão e nas favelas da Penha, iniciada em dezembro de 2010. A Força de Pacificação (FPaz) informou que houve tiroteio. Os familiares afirmam que o rapaz estava desarmado e foi executado.

De acordo com a versão da FPaz, Abraão morreu em troca de tiros entre uma patrulha do Exército e traficantes, na localidade conhecida como Mirante da Chatuba, na noite de segunda-feira. O tiroteio ocorreu por volta das 22 horas e envolveu uma patrulha da 4ª Brigada de Infantaria Motorizada de Juiz de Fora contra pelo menos dois homens armados. Nenhuma arma foi apreendida.

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"Uma patrulha encontrou três pessoas em atitude suspeita de boca de fumo (venda de drogas). Eles fugiram e o comandante da patrulha ordenou que parassem, mas os agressores correram e atiraram com uma arma curta. Os militares cumpriram a regra de engajamento (protocolo militar de uso da força) e deram dois tiros de advertência para cima, seguido por um tiro de bala de borracha contra a ameaça. Como os disparos dos agressores não cessaram, a patrulha iniciou os tiros de autoproteção", afirmou o coronel Malbatan Leal, chefe da Comunicação Social da Força de Pacificação.

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Segundo o coronel, durante a perseguição, os militares perceberam que um dos agressores havia caído e iniciaram o socorro. De acordo com a Secretaria de Saúde do Estado, o adolescente já chegou morto ao Hospital Getúlio Vargas (HGV) para onde foi levado por militares. Quatro fuzis do Exército foram enviados para a Polícia Civil e encaminhados para a perícia no Instituto de Criminalística Carlos Éboli. A 22ª Delegacia de Polícia da Penha investigará o caso. O Exército abriu Processo Administrativo para apurar o confronto.

Os familiares afirmam que Abraão jogava bola com os amigos e não estava armado. Segundo eles, dois jovens foram ameaçados de morte, porque presenciaram a execução. A morte do adolescente é mais um episódio em um ano repleto de confrontos entre militares e traficantes. No dia 6 de setembro, homens armados tentaram retomar o Morro do Adeus e houve intenso tiroteio.


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