O promotor Lucas Junqueira Bruzadelli Macedo, de Carlópolis (Norte Pioneiro), denunciou nesta quarta-feira (28) o pai que teria ateado fogo na casa onde estavam a própria filha de quatro anos de idade e a esposa, Sueli Pedroso de Oliveira, que permanecem internadas em estado grave há uma semana na Central de Tratamento de Queimados (CTQ) do HU (Hospital Universitário) de Londrina. O homem continua preso preventivamente, ou seja, por tempo indeterminado.
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O Ministério Público quer que Antônio de Oliveira, 52 anos, responda pelas tentativas de feminicídio pelo emprego de fogo, recurso que impossibilitou a defesa das vítimas e motivo fútil. Segundo o promotor, o acusado "agiu dolosamente, ou seja, com vontade livre e consciente de matar as vítimas". De acordo com a Polícia Civil, ele despejou gasolina na mulher mesmo depois do início do incêndio. A criança estava na sala da residência e, assim como a mãe, foi salva pelos vizinhos.
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Conforme a Polícia Militar, Oliveira fugiu com outro filho do casal, um adolescente de 13 anos, para o meio de um matagal. Os policiais encontraram o menor e foram avisados por outra equipe que o homem tinha pegado uma carona pra ir até o hospital da cidade buscar atendimento. A garota e a esposa inicialmente foram transportadas para Jacarezinho, mas, pela gravidade do quadro de saúde, acabaram sendo transferidas para Londrina.
Para o MP, o caso deve ser julgado pelo Tribunal do Júri. A denúncia ainda não foi acatada pela Justiça. A pedido da delegada Patrícia Taborda, que cuida do inquérito, a juíza Natália Calegari Evangelista determinou que Antônio de Oliveira seja transferido para o Complexo Médico Penal, em Pinhais (Região Metropolitana de Curitiba), onde terá observação especializada pelas queimaduras provocadas pelo fogo.
Na solicitação, a polícia afirmou que o homem foi encaminhado várias vezes ao hospital de Carlópolis, que não tem a estrutura necessária para o tratamento.