Presa em flagrante na noite do último sábado (27) pela Polícia Militar sob a suspeita de ter esfaqueado um taxista após um roubo, Mikaeli Cristina dos Santos , 23 anos, negou todas as acusações durante depoimento prestado ao delegado que cumpria plantão no 4ª Distrito Policial. O conteúdo foi classificado como 'inverossímil', ou seja, difícil de acreditar, pelo juiz do Plantão Judiciário, Alberto Júnior Veloso, que analisou o caso durante este domingo (28) e decretou a prisão preventiva da jovem.
A suspeita alegou que 'saiu do táxi para ir até a casa de um amigo, mas quando retornou, encontrou o taxista com a mão no pescoço e se queixando de dor'. A partir daí, ele 'passou a dirigir o carro fazendo muitas curvas, atingindo o motociclista Gabriel Henrique Santana, de 29 anos, que trafegava pelo local'. O taxista, identificado como Marcos Divino Costa, foi encaminhado ao Hospital Evangélico, enquanto Santana foi para o Hospital da Zona Norte. A colisão aconteceu na avenida Duque de Caxias, bem ao lado da prefeitura de Londrina.
Na decisão, o magistrado contestou a versão da suspeita. 'Ademais, se o ferimento não ocorreu durante a corrida de táxi, porque o motorista iria conduzir o veículo pela via pública já ferido, com uma passageira dentro? Era mais fácil comunicar a central de táxis ou pedir ajuda'. A teoria foi reforçada pelos policiais militares que atenderam a ocorrência. Eles disseram que 'o taxista relatou que apanhou a passageira Mikaeli perto do Hospital Evangélico, e ela não lhe deu endereço, mas apenas o foi guiando'. Quando chegaram perto da sede da prefeitura, 'ela teria golpeado o trabalhador com uma faca. Ele perdeu o controle e colidiu com a motocicleta que estava passando pela avenida'.
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A jovem já teve outras passagens pelo sistema prisional. Para fundamentar a decisão da prisão preventiva, o juiz Alberto Júnior Veloso comentou que 'a indiciada não está trabalhando e não há prova clara de seu endereço, o que pode fazer com que em liberdade venha a se evadir'. Mikaeli recebeu sentença pelo crime de roubo, previsto no artigo 157 do Código Penal.