A suspeita de ter participado na morte do advogado e síndico profissional Adriano Allio, 58, se apresentou na manhã desta terça-feira (28) na Delegacia de Homicídios de Londrina. A mulher chegou acompanhada do advogado. Havia um mandado de prisão temporária aberto contra ela, no entanto, a defesa conseguir converter a decisão inicial da Justiça para o monitoramento eletrônico com tornozeleira.
A mulher e o advogado preferiram não falar formalmente com a imprensa, entretanto, ela garantiu que não assassinou o advogado. Diante do delegado manteve o direito de permanecer em silêncio. Allio foi encontrado carbonizado dentro do próprio carro no final de outubro, na estrada Água das Abóboras, na zona norte da cidade. Ele morava na Gleba Palhano, na região sul.
De acordo com a Polícia Civil, ele teria sido executado pela mulher, com quem manteve um relacionamento, e o atual companheiro dela. “Na investigação conjunta com a Polícia Militar foi identificado que no dia do crime a vítima saiu do seu apartamento e foi até a região norte, na casa do casal, com seu veículo, um Kia Soul. Na sequência, saiu o carro dele e um Peugeot Passion e depois voltou apenas o Peugeot”, detalhou o delegado João Reis.
Leia mais:
Homem perde parte da orelha em briga generalizada no centro de Arapongas
Moradores da zona rural de Arapongas são vítimas de sequestro relâmpago
Mulher morre após carro cair em buraco escondido na BR-369, em Cornélio Procópio
Polícia Federal em Londrina incinera quase sete toneladas de maconha
O delegado ainda destacou que teria acontecido uma luta corporal no imóvel do casal, no jardim Tropical. “A vítima foi amarrada com fita adesiva e transportada no carro e o veículo foi incendiado para destruir provas”, pontuou. O homem que seria o companheiro da mulher segue foragido, com mandado de prisão em aberto. Em nove de novembro uma operação foi realizada para localizar ele e a mulher, entretanto, o casal não foi achado na oportunidade.
Antes e no dia em que Adriano foi localizado foram identificadas transações via PIX da conta dele para a da mulher, que disse nesta terça aos jornalistas que a família do advogado supostamente não aprovava a aproximação dos dois. “As principais linhas de investigação são passional e questão de valores.”
IDENTIFICADO
O homem que foi esquartejado, colocado numa mala e depois queimado num terreno ao lado de uma creche municipal na rua Tanzânia, na zona norte de Londrina, na última quinta-feira (23), foi identificado como Rodrigo Paz Siqueira, de 42 anos. Ele era natural de Guarulhos, São Paulo, e morava na região do crime. Tinha passagens por furto e um mandado de prisão em aberto por este crime. As causas ainda são desconhecidas, assim como os envolvidos.