O Ministério Público designou os promotores Paulo Sérgio Markovicz de Lima e Celso Luiz Peixoto Ribas para acompanhar as investigações sobre o assassinato de 17 mulheres em Almirante Tamandaré, Região Metropolitana de Curitiba.
A série de assassinatos começou no dia 25 de outubro de 1999. Elas foram encontradas com sinais aparentes de violência sexual. No entanto, os laudos do Instituto Médico Legal (IML) comprovaram que elas não foram violentadas. A causa da morte foi asfixia provocada por estrangulamento.
A delegada Vanessa Alice, de Almirante Tamandaré, concluiu que elas foram mortas por queima de arquivo. Elas seriam amantes ou ex-namoradas de integrantes de uma quadrilha especializada em crime organizado. A quadrilha é responsável por uma série de homicídios, tráfico de drogas e armas, roubo e desmanche de carros, roubo de carga e de ônibus. ''É uma quadrilha composta por pessoas influentes. Desde políticos até policiais militares e civis. Já listei mais de 50 nomes de envolvidos diretamente nos crimes'', afirmou ela.
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Vanessa Alice está oferecendo proteção policial para as testemunhas que quiserem se apresentar na delegacia. Até agora, três pessoas estão sendo mantidas em caráter sigiloso. ''Temos que garantir a vida destas pessoas. E estamos fazendo exatamente isso'', afirmou.
As investigações ainda não estão completamente encerradas. Há indícios de que componentes da quadrilha que atua em Almirante Tamandaré sejam os mesmos que participaram do assassinato do empresário Miguel Donha, em janeiro de 2002. Vanessa Alice não confirma, mas não descarta a possibilidade. ''Recebemos informações neste sentido'', alegou.