Vítimas que prestaram depoimento ao Ministério Público e ao Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) apontaram uma terceira pessoa que também teria cometido o crime de exploração sexual de adolescentes. A informação foi confirmada ontem (2) pela promotora Caroline Esteves, que preferiu não revelar o nome do suspeito para não prejudicar a investigação.
Mais de dez meninas já foram ouvidas no total, além de testemunhas que teriam confirmado o crime de exploração sexual envolvendo o auditor fiscal da Receita Estadual Luiz Antônio de Souza e o ex-assessor do Governo do Estado Marcelo Caramori. "Além desse terceiro suspeito, outros nomes estão surgindo, mas vamos aguardar a investigação", destacou.
O auditor foi preso em flagrante no dia 13 de janeiro e segue na Penitenciária Estadual de Londrina 2 (PEL 2) junto com o fotógrafo e ex-assessor do Governo do Estado Marcelo Caramori, detido na última quinta-feira. Supostas vítimas em comum levaram o Ministério Público a pedir a prisão do segundo suspeito.
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Luiz Antônio de Souza foi indiciado pelo Gaeco por exploração sexual e estupro de vulnerável. Os dois casos já foram denunciados à Justiça pelo Ministério Público. O delegado do Gaeco, Ernandes Cesar Alves, instaurou o terceiro inquérito para apurar a suposta exploração sexual por parte do auditor fiscal e do fotógrafo Marcelo Caramori. Outras supostas vítimas já foram ouvidas e teriam apontado o terceiro suspeito. "Estão surgindo ramificações dessa possível rede de exploração", afirmou a promotora.
O advogado do auditor fiscal, Omar Baddauy, informou que defende o cliente apenas no primeiro caso. Após ter o pedido de habeas corpus negado por meio de liminar, ele aguarda um posicionamento do órgão colegiado do Tribunal de Justiça. O advogado do fotógrafo, Leonardo Vianna, não foi encontrado para dar entrevista.
Conforme a promotora, pelo menos três agenciadoras estariam envolvidas nos crimes. A promotora Caroline Esteves fez um alerta para que os pais permaneçam atentos ao comportamento das filhas adolescentes. "Quando a proposta é feita, elas se negam a ir, mas aí vem a agenciadora ou vem uma amiga que já fez e fala que eles não são perigosos, que é um dinheiro bom e isso tudo faz com que elas aceitem o programa. Os aliciadores seduzem e demonstram que vender o corpo não é grave. Eles se aproximam das meninas dizendo que todo mundo faz e que isso não é um problema, mas é crime. É exploração sexual de adolescentes", reforçou a promotora.