A Polícia Federal cumpre nesta terça-feira (10) 116 mandados de prisão e 135 de busca e apreensão em onze estados. A Operação Bola de Fogo pretende desarticular grupo que atua irregularmente na produção e comercialização de cigarros. As informações são da Agência Brasil.
A ação ocorre no Paraná, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, São Paulo, Goiás, Rio Grande do Norte, Pará, Mato Grosso, Maranhão, Ceará e Rio de Janeiro.
No Paraná, a operação acontece em Curitiba e em Foz do Iguaçu (Oeste). Em Foz, estão sendo cumpridos sete mandados de prisão temporária e quatro de busca e apreensão. Uma pessoa foi presa e já está sendo ouvida pelo delegado Alexander Boeing Noronha Dias.
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Na capital, foram expedidos quatro mandados de prisão e três de busca e apreensão. No entanto, segundo a PF, apenas Nelson Issamu Kanomata Júnior foi preso em Curitiba. As outras três pessoas viajaram para Mato Grosso, onde foram presas: Nelson Issamu Kanomata, Daniele Kanomata e Maria Mukai Kanomata.
A família seria responsável pela empresa Orcrim, que fazia importação e exportação de pneus e teria ligação com a Sudamax Indústria e Comércio de Cigarros Ltda, instalada na cidade de Cajamar (SP) - empresa proprietária de boa parte do cigarro negociado.
Na capital, os policiais apreenderam um veículo importado modelo Cherokee, pouco mais de um quilo de ouro e farta documentação.
O grupo é acusado de fabricar e distribuir cigarros sem selo de controle, sem documentação fiscal ou com documentação fiscal irregular, usando empresas de fachada. Também há a acusação de prática de corrupção de servidores públicos para montagem de esquema de proteção em organismos fiscais e policiais.
Os cigarros eram trazidos clandestinamente do Paraguai sem pagamento de impostos. A Receita Federal informou que um dos grupos tem débitos tributários de aproximadamente R$ 800 milhões.
Segundo nota da Receita, as investigações começaram há um ano. O grupo também tinha participação no contrabando de gado, pneus, armas e drogas vindos de países vizinhos como Paraguai, Bolívia e Uruguai. Além de controlar contas bancárias em vários países, o líder do grupo controlava uma rede de empresas que seriam usadas para lavar o dinheiro obtido com as práticas criminosas de sua organização.