O delegado da Polícia Federal que investiga a quebra de sigilo ilegal do caseiro Francenildo Santos Costa, Rodrigo Carneiro, deve entregar nesta quarta-feira (19) relatório parcial das investigações à 10ª Vara de Justiça Federal. Ele vai pedir mais 30 dias de prazo para a conclusão das investigações.
Até o momento, três pessoas foram indiciadas no caso: o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci, por quebra de sigilo funcional e bancário, o ex-assessor de imprensa do ministro, Marcelo Netto, por quebra de sigilo bancário, e o ex-presidente da Caixa Econômica Federal Jorge Mattoso, por quebra de sigilo funcional. Palocci pode ainda ser indiciado pelos crimes de prevaricação e denunciação caluniosa.
Na última segunda-feira (17), a Polícia Federal pediu a quebra do sigilo telefônico de Marcelo Netto. As informações serão referentes aos dias anteriores e posteriores à quebra do sigilo bancário do caseiro. Netto é acusado de ter divulgado os dados bancários do caseiro para a imprensa. Ele esteve no dia de 16 de março na casa do ex-ministro da Fazenda, data em que Jorge Mattoso informou ter entregado cópia do extrato de Francenildo a Palocci.
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O secretário de Direito Econômico, Daniel Goldberg, e o chefe de gabinete do Ministério da Justiça, Cláudio Alencar, também estiveram na casa de Palocci no mesmo dia. Em depoimento à Polícia Federal, os dois confirmaram ter visto Marcelo Netto no local. Nesse dia, Goldberg e Alencar afirmaram que Palocci lhes disse que tinha informação de que havia dinheiro na conta de Francenildo incompatível com a renda dele.
No início da semana, o advogado de Francenildo entrou na Justiça Federal com um processo por danos morais contra a Caixa. Ele pede indenização de R$ 17,5 milhões por causa da quebra do sigilo bancário do seu cliente.
O sigilo bancário do caseiro Francenildo Santos Costa foi quebrado sem autorização judicial depois que ele afirmou na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Bingos ter visto Palocci na casa alugada pelo ex-assessor do ministro, Vladimir Poleto, em Brasília. A casa seria usada para negociação entre ex-assessores da prefeitura de Ribeirão Preto na gestão de Palocci.
Informações da ABr