A polícia do Paraná está mobilizada para prender uma quadrilha que assaltou, no fim da manhã desta sexta-feira (10), três instituições bancárias e uma agência dos Correios na cidade de Ortigueira (250 quilômetros de Curitiba).
Durante toda a tarde, os policiais monitoram a rota de fuga dos bandidos usando até mesmo um helicóptero. De acordo com o coronel Celso José Mello, Comandante do Policiamento do Interior (CPI) da Polícia Militar, as autoridades têm o controle da situação. "A ordem é atuar de forma ininterrupta até a prisão de todos estes marginais", garantiu. Todas as estradas da região, inclusive as secundárias, estão bloqueadas.
Crime – Por volta de 10h30 dois homens vestidos com fardas da PM, acompanhados de pelo menos mais sete homens, armados, chegaram ao destacamento da PM em Ortigueira e disseram que estavam ali para prender o comandante do destacamento. O cabo David Domingues, o soldado Hidalgo Haragano da Silva e o soldado Thiago Alexandre Horn, foram rendidos na hora. O prefeito de Ortigueira, Geraldo Magella, que se reunia com os policiais no destacamento, também foi rendido e levado junto para fazer a seqüência de roubos. O prefeito foi libertado em seguida, no distrito de Natingui, na zona rural. Os policiais foram libertados 15 quilômetros depois.
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Os bandidos usaram um veículo Gol, abandonado em Ortigueira, e uma Saveiro, que tinha sido roubada em Apucarana na madrugada. Eles também roubaram em Ortigueira um Fusion, do filho do prefeito. Durante a seqüência de assaltos houve correria e troca de tiros, que deixaram o policial civil Wilson Américo ferido no abdomem e um homem ferido com um tiro no pé. Policiais militares que estavam de férias ou de folga e viram a movimentação tentaram conter o bando. Um deles teve o carro alvejado. Uma viatura da PM, levada do destacamento também foi usada na fuga, se envolveu em um acidente e acabou furada de balas.
Um Escort foi tomado em assalto na fuga e posteriormente abandonado. Os ladrões também roubaram um Fusca. "Do helicóptero acompanhamos qualquer movimentação. Além disso, temos policiais até mesmo às margens do Rio Tibagi", avisou o coronel Mello. Ele disse que a polícia trabalha com todas as hipóteses e não descarta a participação de ex-policiais no crime. "Em menos de meia hora colocamos nosso aparato em ação e agora o setor de inteligência está fazendo o trabalho de identificação dos ladrões e rotas de fuga. Isso nunca tinha acontecido no Paraná e a população pode ficar tranqüila que não vai se tornar comum", afirmou o coronel.
Cerco – Para fazer o cerco aos bandidos pelo menos 150 policiais militares estão trabalhando diretamente na ação. Além de mandar para a região policiais da Companhia de Polícia de Choque da PM, incluindo a equipe tática do COE (Comandos e Operações Especiais), a corporação também mobilizou equipes de Apucarana, Londrina e Ponta Grossa. O Batalhão de Polícia Rodoviária da PM e a Força Verde também estão atuando. Da mesma forma, a Polícia Civil. "Está todo mundo em alerta máximo. O trabalho está sendo ágil e a resposta vai vir o mais rápido possível", disse o Comandante do Policiamento do Interior.