Uma família foi parar no hospital em Guaratuba, depois de se envolver em uma discussão com policiais militares. A família comemorava a aprovação de um dos filhos no vestibular na noite de quinta-feira. Mas os vizinhos se incomodaram com o som e acionaram a PM.
Segundo depoimento da família, que prefere não se identificar, os policiais pararam em frente a casa e pediram que o moradores reduzissem o volume do som. O pedido teria sido atendido e ainda assim a polícia teria tentado invadir o local. O pai do garoto aprovado no vestibular tentou impedir os policiais, porque eles não possuíam uma ordem judicial para entrar na casa. Revoltados, os policiais teriam espancado o dono da casa. Os filhos tentaram proteger o pai e também acabaram apanhando.
A assessoria de imprensa da Polícia Militar tem outra versão para o caso. Segundo o tenente Valdecir Gonçalves Capello, os policiais pediram para que o senhor envolvido no caso retirasse a frente do aparelho do CD e os acompanhasse para a efetuação do Termo Circunstanciado. Ele teria se negado a entregar o aparelho e quando o policial tomou a iniciativa de retirar o equipamento, teria sido agredido pelos envolvidos, que na conta da PM eram oito pessoas.
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Os policiais então teriam pedido reforço. Mas os dois militares ocupantes da outra viatura também não conseguiram controlar a situação. Se envolveram na briga que só foi controlada quando um oficial chegou ao local.
Na manhã desta sexta-feira os policias envolvidos registraram queixa na delegacia de Guaratuba. Momentos depois chegou a família, também para registrar queixa. ''A família estava muito mais machucada do que os policiais'', contou uma funcionária da delegacia.
Todos os membros da família estão com hematomas e fizeram exames de corpo delito na Polícia Civil. O pai levou 15 pontos na cabeça. O rapaz aprovado no vestibular levou três pontos. Os policiais também fizeram exames que comprovam agressões.
O caso foi encaminhado para o Ministério Público, que promete se pronunciar sobre a situação no início da próxima semana. O tenente Capelli informou que até agora não há indícios de que os policiais envolvidos na ocorrência tenham cometido excessos. ''Eles foram as vítimas, não há motivos para punição'', acredita.