O Núcleo de Londrina do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Paraná, apresentou denúncia criminal contra 11 pessoas por suposta formação de quadrilha e corrupção ativa para a exploração de máquinas caça-níqueis em Cornélio Procópio e região. Dois dos denunciados são policiais civis.
Os policiais, na denúncia, são acusados de dar proteção ao esquema e de repassar informações privilegiadas à quadrilha, impedindo que outros órgãos investigassem ou prendessem os membros.
De acordo com a denúncia, desde 2000 a quadrilha controlava a distribuição de caça-níqueis em diversos estabelecimentos comerciais em Cornélio e cidades vizinhas, arrecadando milhares de reais por mês com o esquema.
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Há indícios da atuação do bando nos municípios de Bandeirantes, Santa Mariana, Nova Fátima, Congonhinhas, Andirá, Assai, Nova Fátima, Nova América da Colina, São Sebastião da Amoreira, São Jerônimo da Serra, Santa Bárbara, Santa Cecília do Pavão, Jataizinho, Sertaneja, Leópolis e Rancho Alegre. Os denunciados teriam ainda participação no jogo ilegal em outros Estados, como em Santa Catarina (Florianópolis, Itajaí e Joinville), São Paulo e no Rio de Janeiro.
Na ação, os promotores relataram que "para fazer funcionar as máquinas, os denunciados A.C.S. e A.P.L.C.S. faziam contatos com os proprietários de estabelecimentos interessados e com eles ajustavam uma espécie de contrato de exploração, combinando um ganho percentual para o proprietário do estabelecimento e uma fração maior para a TS".
Os valores arrecadados com a atividade ilícita, diz o MP, não eram contabilizados para a devida tributação, em virtude das constantes perdas sofridas pelos apostadores que jogavam nas máquinas.
A exploração de jogos de azar por meio de máquinas caça-níqueis é proibida, conforme por lei federal e, no Paraná, disciplinada pelo Decreto Estadual nº. 4.599/2001. Apesar disso, afirma o MP, os denunciados mantinham o esquema "com nítidas características organização criminosa"