Investigação do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) acabou com o esquema de desvio de álcool de uma usina paranaense, que teve prejuízo de mais de R$ 1 milhão. Depois de três meses de investigações, foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão na região de Umuarama, Noroeste do Estado, contra os bens de dois funcionários da empresa e do dono de um posto da cidade. Foram apreendidos um Omega do proprietário do posto e uma camionete e um Astra dos funcionários.
Segundo o delegado Francisco Caricati, a polícia pediu a prisão temporária de Renato Aparecido Rondis (24), funcionário da usina e que seria o chefe da quadrilha, seu colega Fabio dos Santos (27) e José Alessandro Gonçalves, proprietário do Auto Posto Cafezal. O trio foi indiciado por estelionato, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e sonegação fiscal.
Eles vão responder em liberdade até que a Justiça decida pela decretação ou não das prisões. Os três indiciados passaram a ser investigados, depois que o proprietário da usina de álcool e açúcar, localizada em Perobal, no Noroeste do Estado, desconfiou que havia alteração dos estoques e que funcionários estariam furtando combustível.
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A polícia apurou que o combustível era desviado em horários de pouco movimento ou nos fins de semana. "Os funcionários faziam a máquina dar pane para liberar combustível, sem gerar informações para a contabilidade da empresa e sem a emissão de nota fiscal. Todo o álcool desviado ia para o caminhão-tanque do dono do posto da cidade", explicou o delegado.
O combustível roubado era distribuído em vários postos e o lucro era dividido. Outros dois ex-funcionários da usina também estariam envolvidos no esquema, mas um deles morreu e o outro colaborou com as investigações e, por isso, não houve pedido de sua prisão temporária. O inquérito foi finalizado pela polícia e encaminhado à Justiça (com AEN).