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As principais reclamações são sobre acúmulo de lixo, doenças infecciosas, falta de higiene, ausência de programas de trabalho e de remição e dificuldades de visitas. Em determinado trecho do vídeo, os presos apontam um buraco cavado no chão, justificando que "a gente é obrigado a cavar que nem bicho" em virtude de todas as condições críticas da unidade.
Segundo o delegado responsável pela cadeia pública de Cambé, Roberto Fernandes de Lima, o vídeo teria sido feito como uma "tentativa dos presos de se vitimizar" diante das providências que seriam adotadas em face de uma tentativa de fuga através do túnel que é mostrado nas imagens. Ele ainda afirma que, excetuando-se a superlotação, nenhuma das reclamações do vídeo procede, tendo em vista haver coleta de lixo na unidade três vezes por semana e um médico que atende os presos semanalmente.
Como ele informa, a unidade tem hoje 208 recolhidos. Destes, 123 já foram condenados e deveriam ser transferidos para presídios. Apesar de já existir determinação judicial, o delegado aponta que o Depen/PR (Departamento Penitenciário do Estado do Paraná) ainda não cumpriu a ordem. Na ala principal, onde foi gravado o vídeo, há 156 presos, sendo que a capacidade é para apenas 32.
A título de providências, o delegado disse que comunicará o Depen solicitando as transferências e instaurará procedimento administrativo para apurar como o aparelho celular ingressou na unidade. "Estamos trabalhando arduamente para evitar fugas", comunica.
*Sob supervisão de Larissa Ayumi Sato.
Isabella Alonso Panho - Estagiária*