Policiais civis prenderam quatro suspeitos de envolvimento no desvio de cargas de soja da Coamo no Paraná. As prisões ocorreram na quarta-feira (25), uma de um caminhoneiro, em Curitiba, e outras três de funcionários da cooperativa na cidade de Paranaguá, no Litoral. A princípio, segundo a Polícia Civil, o grupo teria dado desfalque de R$ 2 milhões.
A operação da Polícia foi realizada por investigadores da Delegacia de Estelionato e Desvio de Cargas (DEDC), após uma denúncia feita pela Coamo. O delegado adjunto da DEDC, Matheus Laiola, conta que a cooperativa fez uma auditoria e constatou desfalque entre março e agosto deste ano. Representantes da Coamo procuraram a delegacia, mostraram a auditoria e uma investigação foi iniciada no final de agosto. "A empresa suspeita que de 40 a 50 cargas foram desviadas, o que daria algo em torno de R$ 2 milhões de desfalque", diz o delegado. Cada carga teria valor de R$ 50 mil.
Operação – a prisão do caminhoneiro ocorreu no bairro Pilarzinho, na capital, em uma garagem onde foram encontrados dois caminhões bitrem. Um deles estava carregado de soja e de outro havia sido retirada a carga. O caminhoneiro, segundo Laiola, negou participação no crime, mas os três funcionários teriam confessado a autoria. Cada integrante da quadrilha receberia em torno de R$ 1 mil para realizar os trabalhos de desvio das cargas.
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As investigações sobre o crime continuam e a suspeita é que as cargas que saiam de diversas sedes da Coamo no estado seriam levadas para Santa Catarina. "Outros suspeitos já estão identificados e vamos fazer o pedido de prisão. Ao menos dez pessoas podem estar envolvidas, e não são apenas funcionários da empresa", explica o delegado.
Procurada pela reportagem, a Coamo confirmou que desconfiava dos desvios e dos funcionários. Porem, a cooperativa espera o desenrolar das investigações para saber com certeza qual foi o montante desviado e para se manifestar melhor sobre o assunto.