Quase 99% dos crimes praticados pelos presos que estão cumprindo pena no Sistema Penitenciário do Paraná são contra o patrimônio (roubo, furto e latrocínio) ou envolvem o tráfico e o consumo de entorpecentes.
Segundo os relatórios divulgados pelo Departamento Penitenciário (Depen), 6.978 dos 7.050 presos em 2003 foram condenados pela prática desses delitos. Outros crimes como homicídio, lesões corporais, sequestro e cárcere privado, extorsão, estelionato, receptação e crimes contra a liberdade sexual estão listados no relatório sobre o perfil dos presos.
Os presos que cumprem pena no Paraná são jovens. Noventa e dois por cento têm idades entre 18 e 45 anos. Deste total, 48% estão na faixa etária dos 21 aos 30 anos. Em todas as 16 unidades penitenciárias do Paraná, apenas 53 presos têm idades entre 61 e 80 anos. O universo penitenciário é basicamente formado por homens: são 6,8 mil homens contra 230 mulheres.
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A maior parte dos condenados que cumprem pena no Paraná são casados ou moram com uma mulher (52%), mas existe ainda um número grande de separados, divorciados e viúvos (5,8%) e de solteiros (42%).
Os dados da pesquisa revelam ainda que 60% dos detentos trabalhavam na área de serviços ou de construção civil. Apenas 12% mexiam com comércio e outros 11% trabalhavam na agricultura. Os setores da mecânica (7%) e da indústria (10%) não eram os preferidos da maioria dos apenados.
O nível de escolaridade dos presos do Sistema Penitenciário é baixo. Setenta e nove por cento são analfabetos ou não completaram o ensino fundamental. Apenas 1,3% tem curso superior completo ou incompleto. Apesar da baixa escolaridade, poucos estudam nas unidades penais. Apenas 21% dos detentos estão cursando aulas de alfabetização (7%), ensino básico (32%), ensino fundamental (47%) e ensino médio (14%).
Atualmente, 16% dos presos não recebem qualquer tipo de visita dentro do Sistema Penitenciário. Quarenta e seis por cento dos presos recebem correspondências dentro das unidades penais.
Dos condenados, 50% são primários, ou seja, nunca cometeram qualquer crime anterior ao da prisão. No entanto, 31% já foram condenados anteriormente e cumpriram pena. Outros 16% são presos provisórios (não julgados) e 3% estão detidos por medida de segurança.