Suzane von Richthofen e os irmãos Cristian e Daniel Cravinhos, réus confessos no processo sobre o assassinato dos pais de Suzane, Manfred e Marísa Marísia von Richthofen, chegaram no final da manhã ao Fórum da Barra Funda, em São Paulo, onde o julgamento estava marcado para iniciar às 13 horas.
Suzane foi levada em comboio com quatro viaturas da divisão de homicídios. Cinco helicópteros da polícia e da imprensa acompanharam o deslocamento da jovem.
O casal foi morto a pauladas no dia 31 de outubro de 2002 enquanto dormiam.
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O Tribunal de Justiça (TJ) determinou a proibição do registro de imagens e sons do julgamento. A sessão será acompanhada apenas por cerca de 30 jornalistas.
Na última sexta-feira (2), a pedido dos advogados de Suzane, o TJ (Tribunal de Justiça) de São Paulo decidiu proibir o registro de imagens e sons do júri.
A expectativa do Ministério Público é que o júri termine na próxima sexta-feira. Caso seja feito o desmembramento --ou seja, os irmãos sejam julgados em uma data, e Suzane em outra--, a sentença deve ser conhecida antes.
A acusação vai querer culpar Suzane e os irmãos Cristian e Daniel Cravinhos por homicídio triplamente qualidade. A promotoria tentará convencer os jurados que eles planejaram o crime par ficar com a herança do casal Richthofen. Para isso, arrolaram como testemunhas para falar perante o júri policiais e parentes de Suzane - entre eles o irmão, Andreas.
Já a defesa diz que Suzane se tornou escrava psíquica de Daniel, seu primeiro namorado, que a iniciou na vida sexual e no uso das drogas. Para isso, convocou amigos de faculdade, vizinhos da família e uma ex-empregada para descrever a trajetória da moça.
O advogado dos irmãos Cravinhos, Geraldo Jabour, tem evitado dar entrevistas. Ele deverá defender a tese de que a idéia de matar o casal partiu de Suzane. Em defesa dos Cravinhos, Jabour pretende investir no relato de que Suzane sempre reclamou dos pais e se mostrava insatisfeita com a censura em relação ao seu namoro. Os dois costumavam viajar escondidos dos pais dela. Apenas os pais de Daniel permitiam a relação.
Fonte: Terra e Folha Online