O auditor da Receita Estadual Luiz Antônio de Souza, suspeito de aliciar ao menos duas adolescentes em Londrina, prestou depoimento ao delegado do Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Hernandes Cezar Alves, na tarde desta quarta-feira (21). O acusado chegou algemado à sede do Ministério Público (MP). O advogado dele, Omar José Baddauy, acompanhou o cliente, que permaneceu calado durante toda a oitiva. Procurado pelo Bonde, o defensor afirmou que, por enquanto, não vai se pronunciar sobre o caso. "Peguei o processo e preciso me inteirar", limitou-se a dizer.
O auditor foi preso em flagrante em um motel, no último dia 13, na companhia de uma adolescente de 15 anos e de R$ 22 mil em espécie. Parte do dinheiro (R$ 2,5 mil) iria ser pago para a menina após o programa. A irmã da menor, identificada como Carla de Jesus, de 19 anos, também foi detida na ocasião.
Durante as investigações, o Gaeco analisou mensagens de celular trocadas entre Souza e Carla para a combinação do programa. Os dois devem ser indiciados por favorecimento à prostituição e exploração sexual.
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Auditor e jovem também tiveram prisão preventiva decretada pela Justiça na terça-feira (20). O suspeito segue detido na unidade dois da Penitenciária Estadual de Londrina (PEL 2).
Outro caso
O Gaeco também já coletou o depoimento de uma adolescente de 14 anos, que teria se relacionado com o auditor há cerca de dois anos, entre agosto e setembro de 2013. De acordo com as investigações, Souza pagou cerca de R$ 1,5 mil para a garota pelo programa. A menor tinha 13 anos na época do aliciamento.
Conforme as investigações, Carla, menor de idade em 2013, também teria "arranjado" a segunda adolescente ao auditor fiscal. Nesse caso, o auditor é investigado por estupro de vulnerável.
As duas meninas aliciadas seriam virgens, segundo o Gaeco.
Enriquecimento ilícito
O auditor fiscal também é investigado pela Promotoria de Defesa do Patrimônio Público de Londrina. No último dia 15, policiais do Gaeco apreenderam carros e objetos de luxo na casa do acusado.
O MP vai investigar se o suspeito usou a função que ocupava na Receita Estadual, onde ganhava cerca de R$ 25 mil mensais, para fazer algum tipo de desvio de dinheiro público. Os promotores que cuidam desse caso estão de férias. (com informações da repórter Viviani Costa, da Folha de Londrina)
(Atualizado às 17h30)