Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Por 17 contra 8

Comissão do Senado aprova aumento de cotas raciais para concurso público

Lucas Pordeus León - Agência Brasil
08 mai 2024 às 16:40

Compartilhar notícia

Lula Marques/Agência Brasil
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado aprovou, nesta quarta-feira (8), por 17 votos favoráveis contra oito, o turno suplementar do Projeto de Lei 1.958, de 2021, que prorroga por mais 10 anos a política de cotas raciais para concursos públicos e processos seletivos para a administração pública federal, direta e indireta, incluindo fundações privadas e autarquias.


Como o projeto tramita em caráter terminativo, segue direto para análise da Câmara dos Deputados, sem precisar da aprovação do plenário do Senado. O tema terá que passar pelo plenário apenas se nove senadores apresentarem um recurso contra a matéria em até cinco dias úteis.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


O projeto aprovado aumenta dos atuais 20% para 30% o total das vagas reservadas para cotas raciais, incluindo ainda os grupos dos indígenas e quilombolas. Atualmente, as cotas raciais para concursos alcançam apenas a população negra, que inclui pretos e pardos. A lei de cotas para concursos, de 2014, vence no dia 9 de junho.

Leia mais:

Imagem de destaque
Texto segue para análise

CCJ do Senado aprova fim da reeleição para cargos do Executivo e mudanças nas eleições

Imagem de destaque
'Estou com minha neta'

Deputado discursa na tribuna da Câmara com 'bebê reborn' no colo

Imagem de destaque
Participação

Rolândia abre consulta popular para elaboração do Orçamento de 2026 e do PPA

Imagem de destaque
Acusação e Absolvição

Moraes rejeita denúncia contra 2 por trama golpista e vota para tornar réus mais 10


O relator do projeto, senador Humberto Costa (PT-PE), rejeitou as quatro emendas apresentadas pelos senadores Sérgio Moro (União-PR), Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Plínio Valério (PSDB-AM) e Rogério Marinho (PL-RN), que se manifestaram contra o projeto.

Publicidade


Para Costa, as emendas prejudicam a política de cotas raciais conforme previsto no projeto de lei. A CCJ ainda rejeitou todos os destaques apresentados pelos senadores contrários à matéria, mantendo o texto do relator Humberto Costa.


Pretos e pardos

Publicidade


A única alteração aceita pelo relator foi uma mudança de redação para trocar a palavra “negro” por “preto e pardo” após manifestação do senador Plínio Valério, que defendeu que pardo não seria o mesmo que negro. “E, quando ele for atrás da bolsa e disser que é negro, ele vai ser vítima de discriminação e acusado de fraudador, porque ele não é negro”, argumentou.


Humberto Costa explicou que a legislação prevê que negros são todas as pessoas que se declaram pretas ou pardos, conforme definição do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas).

Publicidade


“As pessoas que estão chateadas com essa possibilidade de serem consideradas negras, são negras”, disse o relator, acrescentando que a discussão se trata de “uma concepção preconceituosa”. 


“Mas vamos fazer, porque o que interessa hoje é que a gente aprove essa definição”, concluiu, aceitando a mudança de redação.

Publicidade


Oposição


Parte dos senadores se opôs à matéria, principalmente sob o argumento de que as cotas deveriam ser apenas sociais, baseadas no nível de renda, e não com base na raça.

Publicidade


“Essa discussão de etnia eu acho que ela vai pelo lado errado, porque todos nós somos frutos da miscigenação. A discussão, na minha opinião, tinha que ser socioeconômica”, defendeu o senador Carlos Portinho (PL-RJ).


O senador Fabiano Contarato (PT-ES) argumentou, por sua vez, que a população negra sofre preconceitos e discriminações que a população não negra não sofre, o que justificaria a política pública de cotas raciais.


“[É cômodo] porque você não é julgado pela sua cor da pele. Porque ninguém atravessa a rua quando um homem branco atravessa a rua, mas seja um homem preto para você ver que, diuturnamente, as pessoas atravessam a rua para sequer cruzar com o homem negro. Essa é a realidade desse país desigual”, afirmou.


LEIA TAMBÉM:


Imagem
2023 foi ano de calor e riscos climáticos recorde na América Latina, diz ONU
Na América Latina e no Caribe, a combinação dos impactos do fenômeno El Niño -que favorece o aumento de temperaturas- e das mudanças climáticas de longo prazo fez com que 2023 fosse um ano marcado por calor recorde e uma série de eventos climáticos
Publicidade

Últimas notícias

Publicidade
LONDRINA Previsão do Tempo

Portais

Anuncie

Outras empresas