Política

Ex-vereador Orlando Bonilha é preso em Londrina

08 mai 2019 às 18:37

O ex-vereador e ex-presidente da Câmara Municipal de Londrina Orlando Bonilha foi preso no final da tarde desta quarta-feira (8) pela Rotam (Rondas Ostensivas Tático Móvel) de Londrina. A informação foi confirmada pelo major Nelson Villa, comandante da 4ª Companhia Independente.


De acordo com a PM, a equipe recebeu a informação de que ele estava na rua Arara Azul, no Conjunto Habitacional Violim e que o mesmo estava com dois mandados em aberto. "A Rotam abordou e constatou mandado de prisão em aberto. Foi só abordagem, verificação, constatação e encaminhamento", explica Villa.


Conforme reportagem da FOLHA de 19 de dezembro de 2018, Bonilha foi condenado pelo TJPR (Tribunal de Justiça do Paraná) por concussão, que é quando o agente público se aproveita do cargo para obter algum tipo de vantagem. Na época, a condenação transitou em julgado, que é quando não cabe mais recursos.


O processo se deu por dividir salário com um servidor em cargo comissionado. Jorge Barreto da Costa, coordenador do Gaeco (Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado) afirmou à época que a pena é de cinco anos e três meses em regime semi-aberto.


As investigações começaram após uma denúncia do MPPR (Ministério Público do Paraná) que resultou na cassação do mandado de vereador em 2008 e da perda de seus direitos em 2009. Ele foi o primeiro vereador da Câmara Municipal de Londrina a ter o mandado cassado.


Em 4 de abril deste ano, Bonilha teve a unificação das penas. Desde 2008 quando foi cassado, ele já respondia a vários processos por concussão. No final de janeiro de 2019, o juiz da Vara de Execuções Penais de Londrina, Katsujo Nakadomari, determinou que fosse cumprida a pena de 20 anos, seis meses e 16 dias em regime fechado.


No entanto, a defesa do ex-vereador afirmou na época que a somatória das penas daria o total de 15 anos, dois meses e 13 dias, e pediu ainda que a pena fosse cumprida em regime semiaberto. Desde então, o ex-vereador não havia sido encontrado pelo Gaeco.


Em coletiva de imprensa no início da noite desta quarta, a defesa de Bonilha, Ronaldo Neves, afirmou que vai cobrar atitudes do Ministério Público e que entrará com pedido de habeas corpus na quinta-feira (9). Veja a entrevista completa na FOLHA.

(Com informações do repórter Guilherme Marconi)


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