Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Suspeita de corrupção

Fachin dá a Janot cinco dias para denúncia contra Temer

Agência Estado
23 jun 2017 às 09:33
- Lula Marques/AGPT
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), enviou na quinta-feira (22) à Procuradoria-Geral da República (PGR) cópia dos autos do inquérito aberto contra o presidente Michel Temer. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, terá cinco dias, ou seja, até a próxima terça-feira (27), para apresentar a denúncia contra o peemedebista, que deverá ser fatiada em duas.

Em seu despacho, Fachin também pediu que a Polícia Federal remeta, "tão logo ultimados", o relatório final sobre o caso e a perícia feita da gravação da conversa entre Temer e o empresário Joesley Batista, do Grupo J&F. A PF havia solicitado um prazo extra de cinco dias para concluir as investigações.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


Como a PF já enviou um relatório parcial em que aponta que são "incólumes as evidências" da prática de corrupção passiva por parte do presidente e de seu ex-assessor especial e ex-deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), a PGR deve fatiar a denúncia e enviar primeiro ao STF a parte relacionada a esse crime.

Leia mais:

Imagem de destaque
Ex-procurador

Deltan Dallagnol diz que não está inelegível e articula se lançar a prefeito de Curitiba

Imagem de destaque
Eleições 2024

Pré-candidatura de Turini a Prefeitura de Londrina deve ser 'vitrine' do MDB no Paraná

Imagem de destaque
Tração animal

Vereadores votam contra Projeto de Lei que proíbe carroças em Londrina

Imagem de destaque
Comemoração

Festa de 94 anos de Sarney reúne ministros e líderes do Congresso em Brasília


Interlocutor

Publicidade


Loures foi gravado, em uma ação controlada, recebendo uma mala com R$ 500 mil em uma pizzaria em São Paulo. Ele devolveu o valor e atualmente está preso em Brasília. Para a PF, não há dúvida de que Temer indicou o ex-assessor como interlocutor a Joesley na conversa que tiveram no Palácio do Jaburu, no dia 7 de março deste ano.


Além de corrupção passiva, o inquérito contra o presidente também apura se Temer cometeu o crime de obstrução de Justiça. Segundo a PGR, no encontro com o presidente, o empresário, um dos donos do Frigorífico JBS, afirmou que estava fazendo pagamentos periódicos ao deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e ao operador Lúcio Bolonha Funaro, como forma de mantê-los em silêncio, ou seja, para evitar eventual celebração de acordos de colaboração premiada.
Há também um momento em que Joesley afirma que estava corrompendo magistrados e membros do Ministério Público para obter informações de investigações contra a empresa.


Processo

Se houver a apresentação de denúncia, o caso terá de ser analisado pela Câmara dos Deputados. O processo só terá seguimento no Supremo se for aprovado por 342 dos 513 parlamentares da Casa. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), já afirmou que está disposto a suspender o recesso de julho para analisar a denúncia. A expectativa hoje é de que Temer teria força para barrar o processo no Legislativo.


Publicidade

Últimas notícias

Publicidade