A Justiça recebeu, na última semana, denúncia oferecida pelo Ministério Público do Paraná contra 39 pessoas envolvidas na Operação Sucupira – que apurou desvios de recursos públicos na prefeitura municipal de São Jerônimo da Serra –, iniciando, assim, o processo penal.
Além disso, determinou o afastamento de nove agentes públicos de suas funções junto ao Município, inicialmente pelo prazo de 120 dias: um dos filhos e a esposa do prefeito, o então chefe de gabinete e de relações institucionais; o responsável, à época, pela tesouraria e pelas finanças, dois outros funcionários municipais e três vereadores.
Também foram suspensos os contratos de 16 envolvidos e suas respectivas empresas com o Município, além de novos pagamentos, até que sejam integralmente apuradas as pendências entre o Poder Municipal e as referidas empresas.
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A decisão do juiz da comarca de São Jerônimo da Serra confirmou as prisões preventivas de três acusados, e o afastamento, neste caso, deve ser aplicado apenas a partir do momento em que os acusados forem eventualmente colocados em liberdade.
Operação Sucupira – No final de agosto de 2014, o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) de Londrina e a Promotoria de Justiça de São Jerônimo da Serra denunciaram à Justiça 39 pessoas envolvidas em um esquema criminoso para desvios de recursos públicos na prefeitura municipal de São Jerônimo da Serra. Na denúncia é atribuída ao grupo a participação em 73 fatos criminosos, em datas diversas, que envolvem os crimes de peculato, corrupção passiva e ativa, lavagem de dinheiro, fraude à licitação e organização criminosa.
Também no início de setembro, o MP-PR ofereceu denúncia ao Tribunal de Justiça individualmente contra o prefeito municipal de São Jerônimo da Serra pelos mesmos crimes. O desmembramento se deve à prerrogativa de foro. O Tribunal ainda não se manifestou sobre o recebimento desta denúncia e sobre as demais medidas cautelares.