Política

Justiça proíbe Boca Aberta de emitir ofensas contra promotores

29 jun 2021 às 16:23

Em caráter liminar, o juiz João Henrique Coelho Ortolano, da 5ª Vara Criminal de Londrina, determinou que o deputado federal Boca Aberta (Pros) cumpra medida cautelar pelos crimes de calúnia, difamação e injúria cometidas contra o coordenador do Gepatria (Grupo Especializado na Proteção do Patrimônio Público e no Combate à Improbidade Administrativa) Renato de Lima Castro e contra a promotora de Justiça, Leila Schimiti. Ainda cabe recurso no TJ (Tribunal de Justiça).


A medida cautelar, diversa à prisão, foi imposta após representação formulada por Lima Castro diante de vídeos e áudios que têm sido divulgados de forma reiterada, além de áudios enviados em grupos e para a imprensa acusando o Ministério Público e o Judiciário com ofensas pessoais contra os promotores. "As declarações proferidas pelo representado superam os limites de sua liberdade de expressão, uma vez que teria atingido a honra objetiva e subjetiva do promotor de Justiça Renato de Lima Castro, em represália à sua atuação como Coordenador do Gepatria, do Ministério Público em Londrina, ao ajuizar ações civis públicas em face do requerido e seus familiares. Nesse mesmo sentido, o representado passou a ofender a honra objetiva e subjetiva da Promotora de Justiça Leila Schimit", escreveu o juiz.


Os ataques de Boca Aberta contra o Ministério Público, contra jornalistas e veículos da imprensa subiu o tom após início das investigações de um suposto desvio de kit escolares que deveriam ser distribuídos na íntegra para cinco colégios estaduais de Londrina por meio do Paraná Esporte, órgão da Secretaria Estadual de Educação. O assunto virou alvo de uma ação de improbidade administrativa contra o deputado estadual Boca Aberta Junior (Pros). O deputado estadual também responde a outro ação de improbidade por suposto esquema de 'rachadinha' de salários em seu gabinete na Assembleia Legislativa. Os processos foram ajuizados pelo promotor do Gepatria.


Prisão no Creslon


Boca Aberta foi procurado pela FOLHA, mas está detido no Creslon (Centro de Ressocialização de Londrina) desde segunda-feira (28). Ele cumpre pena imposta pela Justiça de 22 dias de prisão em regime semi aberto. Trata-se do resultado da acusação feita pelo MP (Ministério Público) de perturbação de sossego de funcionários da UPA Sabará por conta da chamada "blitz da saúde".


Leia mais na Folha de Londrina.

Atualizada em 05/07/2021 às 9h25


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