Pela primeira vez no governo Dilma Rousseff, o presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia, segundo na linha sucessória, assumiu a cadeira como presidente em exercício. E já pela manhã, ele começou tratando das denúncias contra o ministro do Trabalho, Carlos Lupi.
Maia pediu à Mesa Diretora da Câmara uma sindicância para analisar a situação do ministro. O presidente em exercício quer um levantamento da ficha funcional de Lupi para verificar as suspeitas de que o ministro, por cinco anos, acumulou dois cargos, o de assessor parlamentar na Câmara dos Deputados, em Brasília, e na Câmara Municipal do Rio de Janeiro.
O presidente da Câmara ficará à frente do mais alto cargo do Executivo até a madrugada de domingo (3) já que Dilma está em Caracas e o vice-presidente Michel Temer, em viagem ao exterior. Com isso, Maia passou a despachar hoje (1º), no gabinete da Presidência da República, que fica no terceiro andar do Palácio do Planalto.
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Na agenda do presidente em exercício, estão compromissos assumidos em seu trabalho como presidente da Câmara. Ele receberá prefeitos de municípios do Rio Grande do Sul, terá reunião com deputados integrantes da Mesa Diretora da Câmara e um encontro com sindicalistas. Maia recebe ainda, nesta tarde, integrantes do PSD. Já na Câmara, o cargo de presidente foi assumido pela vice, deputada Rose de Freitas (PMDB-ES).
Com a missão de chefiar o país até o fim da semana, Maia assume o cargo em meio à polêmica envolvendo Lupi, suspeito de ter se beneficiado de um esquema de desvio de recursos por meio de contratos com organizações não governamentais e acusado do uso irregular de um jatinho alugado pelo empresário Adair Meira, durante viagem ao Maranhão.
Ainda hoje pela manhã, antes de partir para a capital da Venezuela, a presidenta Dilma questionou a recomendação para que Lupi seja demitido, feita ontem (30), pela Comissão de Ética da Presidência da República. A presidenta manteve o ministro no cargo e pediu informações à comissão.