Política

Pastor pede apoio a partido de Bolsonaro e provoca polêmica nas redes sociais

29 jan 2020 às 13:35

A Igreja Presbiteriana Central de Londrina pediu apoio dos fiéis para a formação do Aliança Pelo Brasil, o partido que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) quer fundar após desembarcar do PSL, pelo qual foi eleito. Um ônibus plotado com o logotipo do pretendido partido foi estacionado no pátio do templo no fim de semana e, durante o culto, o pastor Emerson Patriota chega a "desafiar” os fiéis a conhecer o estatuto e os valores da futura legenda.

O culto é transmitido ao vivo pelo Facebook e o discurso do pastor Emerson Patriota viralizou nas redes sociais. Aos fiéis, ele explica várias vezes que o futuro partido ainda precisa do apoiamento – as assinaturas para formação –, que não se trata de filiação e, inclusive, comenta a presença de cartorário para reconhecer firma nas assinaturas.


Também cita o deputado londrinense, frequentador da igreja, e exalta os valores do partido pretendido. "Na verdade, eu estava conversando com algumas pessoas e disseram que é mais difícil entrar nesse partido do que em alguns igrejas por aí, sabe? Tem que ter mais vida idônea, do que algumas igrejas exigem. Isso é muito bom, porque tem valores familiares”, diz o pastor.


A manifestação pró-partido provocou reações nas redes sociais, com comentários na página oficial da Igreja Presbiteriana Central de Londrina no Facebook. Um internauta pergunta: "Esse culto foi antes ou depois de pedirem (sic) pra se filiarem (sic) a um partido político?” "Uma vergonha!”, critica outro.



Por meio de sua conta oficial no Instagram, a Igreja Presbiteriana Central afirma que não é apolítica, mas ressalta que a instituição religiosa é apartidária "e em nenhum momento apresentou ou apresenta apoio a qualquer partido político". A nota também afirma que "a opinião pessoal de membros ou pastores da IPB sobre questões político-partidárias não refletem a opinião oficial da instituição sobre o assunto".

Veja mais manifestações de internautas e o que disse Filipe Barros na Folha de Londrina.


Continue lendo