O projeto de lei da gestão Marcelo Belinati (PP) para alterar o perímetro urbano do município tem sido questionado por abrir margem legal para possíveis implicações negativas ao meio ambiente. A avaliação é da ONG MAE (Meio Ambiente Equilibrado).
A entidade protocolou parecer na CML (Câmara Municipal de Londrina) em que lista suas indagações ao PL 111/23, hoje em tramitação em comissões permanentes.
A entidade sustenta no documento que, ao elaborar a minuta, a Prefeitura não considerou “os instrumentos atualizados do Ministério do Meio Ambiente e do governo do Paraná para a definição das Áreas de Expansão Urbana Industriais (AEU-IND), o que torna necessário fazer alterações no texto do PL, ou então reavaliar conteúdos técnicos para incorporar tais políticas ambientais.”
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Como detalhado pela FOLHA na edição de 25 de maio, a matéria do Executivo quer criar “Áreas de Expansão Urbana Industriais” às margens de oito rodovias que cortam o território de Londrina.
De acordo com a ONG, no entanto, duas delas (a maior parte da PR-445 e toda a estrada entre os distritos de Irerê e Paiquerê) são locais sensíveis por, entre outros pontos, estarem no corredor ecológico que liga o Parque Estadual Mata dos Godoy ao Rio Tibagi.
BARREIRA INTRANSPONÍVEL
“Essa área é reconhecida pelos órgãos ambientais por abrigar uma grande riqueza de espécies. É onde estão as florestas mais conservadas do Norte do Paraná e de onde vem a água de quase 1 milhão de pessoas.
Ocupar o entorno das rodovias nesse território com indústrias criaria uma barreira quase que intransponível para a manutenção da qualidade da nossa água e de todos os serviços ambientais que essa região nos fornece”, argumentou em entrevista à FOLHA o gestor ambiental e membro da ONG, Gustavo Góes.
Leia a reportagem completa na FOLHA DE LONDRINA: