Bala na área

Óbvio ululante

05 abr 2005 às 11:00

Após 17 longas rodadas, aconteceu o que todo mundo esperava: Coritiba e Atlético Paranaense farão a final de um estadual sem zebras ou grandes revelações. Nenhum dos dois times é daqueles de encher os olhos mas são, sem dúvida alguma, muito superiores ao demais. Talvez apenas o Cianorte em um dia iluminado como o do jogo contra o Corinthians pudesse mudar os rumos desta história em que o início do último capítulo era esperado desde o início. E como costumam ser essas decisões, não há favorito destacado. A não ser que Casimiro Mior apronte das suas. Se isso acontecer, a taça fica com o Coxa.

Com ou sem surpresas


Bahia e Vitória fazem outra final repetida a exaustão. Goiás e Vila Nova não ficam atrás. Remo e Paysandu já fizeram a sua, vencida pelo Papão da Curuzu. Em Pernambuco, o Santa Cruz ganhou os dois turnos – o último com a incrível marca de nove vitórias em nove jogos – e nem precisou das finais.


Mas em Santa Catarina o título vai para Ibirama ou Cricíuma; em Minas o Ipatinga tenta um milagre contra o Cruzeiro; no Rio de Janeiro o Volta Redonda tenta repetir o primeiro turno contra o renato Fluminense; e no Rio Grande do Sul, o XV de Novembro quer provar a decadência porto-alegrense contra o Inter.


Já era


No Paulistão, o São Paulo até demorou um pouco, mas confirmou o título após abrir uma vantagem que só mesmo um desastre poderia reverter. Pior para o Corinthians e seus "galáticos" - esse apelido dá bastante azar – que agora joga tudo contra o Cianorte para não perder o primeiro semestre.


A partida entre os mosqueteiros paulistas e a surpresa paranaense é a mais esperada da competição até o momento. O Timão tem que partir para cima e fazer muitos gols, mas não pode nem pensar em levar um. Já o Cianorte tem que ter calam e concentração e não jogar na retranca.


Mudança real


Uma, duas, três corridas depois, a Renault vai confirmando seu favoritismo inicial e abre uma enorme vantagem sobre as rivais, enquanto a até pouco tempo imbatível Ferrari sofre para beliscar alguns pontinhos. Ainda faltam 16 corridas, mas pelo andar da cavalaria, a fábrica francesa fica com os dois títulos, enquanto Toyota, McLaren e quem sabe Williams e Ferrari brigam pelo vice.


Correria


Uruguai x Brasil e Barcelona x Betis foram duas partidas de arrepiar. Dois jogos que não deixaram torcedor nenhum desviar os olhos do jogo, disputados em ritmo infernal. Os uruguaios deram um show de dedicação e vontade, e a seleção de Parreira parece que ao menos acordou da letargia. Ainda está bem longe do ideal, mas pelo menos os jogadores mostraram que ainda sabem correr. Principalmente Ricardo Oliveira.


O atacante brasileiro foi também um dos destaques no empate de 3 x 3 na Catalunha. Talvez tenha sido o melhor jogo do ano, cheio de variáveis e belas jogadas. O Barcelona pressionando e o Betis com um dos contra-ataques mais eficientes dos últimos tempos. Quem perdeu deve se arrepender.


Nota 10


Para Fernando Alonso, Betis e Barcelona, espanhóis que deram show no fim de semana. Olé.


Nota 0

Par Grêmio e Flamengo, que mais uma vez frustraram suas grandes torcidas.


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