Bala na área

São Buenos Aires

01 mar 2005 às 11:00

A contratação de Daniel Passarella como técnico do Corinthians transforma o time numa espécie de filial brasileira do Boca Juniors, ou quem sabe do River. Com a chegada do técnico, e em breve de Mascherano também, serão quatro os hermanos no time mosqueteiro. Tem tudo para não dar certo, como aconteceu com a legião holandesa no Barcelona.

Se o Kia queria montar um time argentino, porque investiu no Brasil? Ou será que ele pensa que Buenos Aires é a capital do Brasil?


Até agora o dinheiro investido pela MSI não deu o retorno esperado pelo iraniano-canadense-inglês e por isso Tite foi limado da equipe. Mas não é do técnico a culpa pelo fracasso anunciado no Paulistão. Nenhum técnico iria conseguir montar uma equipe sólida recebendo um jogador novo, que chega para ser titular, a cada semana. Só nos últimos dias desembarcaram em Sampa os repatriados Roger e Gustavo Nery.


Sem falar que os pratas da casa, como Gil e Jô, com certeza andam desmotivados pois a qualquer momento um jogador de renome pode chegar para ocupar o seu lugar. O técnico gringo vai ter um trabalho árduo nos próximos meses para tornar o "catadão" de estrelas em um time competitivo.


Chicote


A língua afiada de Tite na época da chegada da MSI acabou servindo de chicote para sua saída do clube. Se tivesse cumprido a promessa de sair por uma porta assim que Kia entrasse pela outra – na época em que o iraniano queria porque queria Luxemburgo no comando do time – , teria se livrado dessa. Passarella vai ter que saber engolir muitos sapos, porque o time tem um dono que parece uma criança mimada.


Furacão ou ventania


O Atlético volta a campo pela Libertadores sem ter ainda uma equipe que anime de verdade a torcida. Tem as importantes voltas de Diego e Fernandinho, mas precisa acabar com a irregularidade dos últimos jogos. O time deste ano é visivelmente pior do que o de 2004.


Enquanto isso...


Do outro lado do mundo Washington já conquistou o primeiro título. E na Europa, Jadson e Igor contribuíram para a classificação do Shaktar Donetski para a próxima fase da Copa da UEFA.


Triste sina


A torcida Tricolor tem cada vez menos motivos para se orgulhar. Os velhos e bons tempos são cada vez mais velhos. Já os futuros parecem cada dia mais sombrios.


Nota 10


Para a escolha de Fernando Meligeni para capitanear a equipe brasileira na Copa Davis. Ninguém encarna mais o espírito dessa competição do que o Fininho.


Nota 0

Para o Banco do Brasil, por proibir a CBV de utilizar os uniformes preto e rosa das seleções de Vôlei.


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