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Pangarés e Puro Sangues

14 dez 2001 às 10:59
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Todo ser humano é feito de corpo e de espírito. Conclusão lógica: todos os seres humanos são iguais. Sem muita explicação sabemos, naturalmente, que isto não é verdade. Não me refiro a diferenças físicas, evidentemente. Seria simplista demais. A partir do instante em que cremos na existência do espírito, o corpo e todos os seus atributos estéticos tornam-se assuntos totalmente irrelevantes.

Sobra, então, o espírito a nos diferenciar. Mas não é intenção tratar de vida espiritual futura, de recompensas (ou de punições) pelo que fazemos nesta vida. Não me considero no direito de tratar de assunto tão pessoal. Além disso, é etéreo e pouco presente. Quero ser prático. Vamos falar daquilo que afeta esta nossa vida cotidiana.

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Diga-se, inicialmente, que temos imensas dificuldades em tratar deste assunto. Parece que não nos sentimos lá muito confortáveis para tocar no que vem do espírito. Talvez, por este motivo, partimos de princípios organizacionais míopes e superficiais para "classificar" os seres humanos por afinidades.

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Até mesmo por motivos de natureza antropológica organizamo-nos (e separamo-nos) em grupos e sub-grupos. Por exemplo, reunimo-nos (e diferenciamo-nos) por nacionalidade, por religião, por laços de família, por cor, etc. Chegamos até a nos separar em torcidas diferentes pelo mesmo time de futebol. E por bandeiras, por hinos, símbolos religiosos, sobrenome ou por uniformes, nos quais externamos nossas identidades. Desta forma, e aí está o pecado original (e inconsciente), nos (auto) induzimos ao erro de leitura de que todas as pessoas que fazem parte de um determinado grupo são, a princípio, "iguais".

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Sabemos que isto não é verdade; americanos explodem americanos, monges budistas matam-se com paus e pedras, judeus radicais cometem atentados contra judeus moderados, brasileiros roubam seus próprios "irmãos" brasileiros, muçulmanos do Taleban são odiados por outros muçulmanos, torcidas independentes (pelo mesmo time) digladiam-se entre si. Até mesmo em grupos familiares, irmãos, primos e filhos, quantas são as histórias; traem-se uns aos outros. Podemos ir ao infinito citando exemplos da desarmonia e da falta absoluta de identidade entre indivíduos "iguais".


Conclusão: não são estes os fatores a definirem vínculos verdadeiros entre os homens. E aí está o ponto nuclear que queremos atingir: afinal, existe alguma forma precisa, capaz de, por afinidades verdadeiras, classificar os seres humanos?

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Sim, existe uma forma superior. Muito, incomensuravelmente, superior. Tão mais precisa que transcende casualidades e convenções (tão rasas). Tão mais forte que, mais, determina destinos. A partir deste momento estamos falando de raças. De raças espirituais. Compreender a profundidade, o alcance e a força deste princípio é, simplesmente, compreender os caminhos insondáveis da nossa própria existência. É aí que habita o gene da harmonia e da paz entre os homens. Ou o contrário.


Através da devida leitura deste conceito conseguiremos compreender até algumas aparentes incongruências da vida. Por exemplo, quantas vezes as linhas do nosso destino cruzam-se, até mesmo por laços indissolúveis de DNA, a espíritos incompatíveis com o nosso? Em alguns momentos a impressão que dá é que no nosso plano inicial de vida, algo (ou alguém), em um jogo irracional, cruza destinos com uma lógica incompreensível. Brinca conosco.

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Quem sabe não seria esta a grande sutileza da vida? Obrigar-nos a buscar a convivência harmônica com seres espirituais incompatíveis com o nosso. Pois a inteligência transformou o homem em um animal sofisticado. Somos, por exemplo, dissimulados. Mesmo, auto-dissimulados. Conseguimos até nos adaptar, viver e conviver, dentro de situações desconfortáveis, tristes e melancólicas para nós mesmos. E tristeza, melancolia e desconforto invariavelmente são sinais claros de convivência, compulsória ou facultativa, com pessoas de espíritos incompatíveis com o nosso. Por isto, é de fundamental importância compreender esta realidade para, quando possível, buscar outros caminhos. E de que forma? Deixando os nossos sentidos agirem. Todos nós emitimos uma "frequência espiritual". Os nossos sentidos, se livres e maduros, reconhecerão as frequências de seres de nossa mesma raça espiritual. Deles devemos nos aproximar. Talvez estejamos falando de 6º sentido, de 3ª visão, não sei.


No cinema, de uma perspectiva ou de outra, quatro filmes (todos imperdíveis) tocaram com maior ou menor grau em raças espirituais; Highlander, Cat People, Imensidão Azul e Lendas de Paixão. Também Inteligência Artificial. Este último, por sinal, muito à frente de nosso atual estágio de compreensão. Ponto comum a ligar todos estes filmes: seres de mesma raça espiritual, quando se encontram, se reconhecem. Pressentem-se.

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Com imprecisões, evidente, podemos comparar o conceito e as diversas raças espirituais do ser humano com a classificação criada para o mais atraente dos animais, o cavalo. Diferenciam-se entre si por raças. São nobres, semi-nobres e plebéias. Por exemplo: dois cavalos são de raça quarto de milha, não importa se um nascido nos EUA e o outro na China. Da mesma
forma, um cavalo árabe nascido no Iraque, outro em Israel. Acima da sua nacionalidade, ambos são iguais. Se pretos ou brancos, não importa. Quando juntos, percebe-se que são animais da mesma raça. E não só por características físicas (o que é irrelevante), mas por temperamento, por comportamento, personalidade, enfim. Forçando um pouco: por espírito. Atenção, não estamos falamos em índole. Dois seres podem ser da mesma raça mas com índoles opostas, vale dizer; não nos referimos apenas a seres espirituais bonzinhos.


Parece até que todos os tipos e espécies de seres humanos estão contemplados. Desde os indomáveis, libertos (e nobres) cavalos selvagens, os Mustangs, até os pangarés que, por sinal, não por coincidência, fazem a grande e maior quantidade. Um pangaré inglês é tão pangaré quanto um brasileiro, indiano ou marciano. Espiritualmente, também é impressionante a quantidade de pangarés que parecem estar apenas de passagem por esta vida. No outro extremo existem os cavalos nobres, os P.S.Is. (Puro Sangue Inglês) que, em menor quantidade, têm um estreito espectro para poder ser considerado um legítimo P.S.I.. Deixam marcas profundas por onde passam. São inesquecíveis.


Seres de raças espirituais diferentes não devem se cruzar. Simplesmente, degradam a sua natureza. E convivem em desequilíbrio.

Se espiritualmente árabes, crioulos, quartos de milha, manga-largas, P.S.Is., pangarés, enfim; fundamental que o primeiro passo seja reconhecermos que somos, antes de tudo, seres espirituais. E nos despindo da nossa arrogância, vestindo a humildade, olhemos a nós mesmos. Desta forma, seremos capazes de perceber a nossa natureza, o nosso atual estágio espiritual para, assim, buscar (e, quem sabe), achar refletida em outros, nossos gêmeos, a nossa síntese espiritual. E evoluir.


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