Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade

Cultura pop em Sin City e Planetary

27 abr 2006 às 11:00

Nova edição de Sin City não traz muita coisa nova, mas ainda assim agrada aos fãs da série
- Reprodução
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade


Curitiba - Duas edições da Devir Livraria prometem diversão com pitadas de mistério, violência e muita cultura pop. Prometem e cumprem. Estou falando de Sin City e Planetary disponíveis nas prateleiras de livrarias e lojas especializadas neste mês de abril.

Em Sin City, Frank Miller não se reinventa e aposta em fórmulas já bem-sucedidas para introduzir alguns ''novos'' personagens para o rol da Cidade do Pecado. Afinal de contas, Marv, Dwight e companhia chegaram a ficar desgastados de tanto explorados. Digo ''novos'' porque de novidade não tem muita coisa: machões que inexplicavelmente são à prova de balas e lutam como se fossem treinados por monges budistas desde crianças e mulheres fatais sempre com um olharzinho mal-intencionado sobre tais brucutus.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


A inovação fica por conta das belíssimas cores da esposa de Miller, Lynn Varley, que, quando não quer inventar novas técnicas natimortas em computador -a exemplo da bobagem que fez em Cavaleiro das Trevas 2-, oferece um espetáculo visual aos leitores. Seu trabalho sugere emoção e realmente dá vida, como fez em 300 de Esparta, ao universo tão preto-e-branco de Sin City.

Leia mais:

Imagem de destaque

Uma homenagem ao grande personagem de Eisner

Imagem de destaque

Rafael Sica lança ''Ordinário'' em Curitiba

Imagem de destaque

Super-heróis se adaptam ao século XXI

Imagem de destaque

Melhores de 2010


Miller segue com seu já conhecido e aclamado traço, abusando da quebra de ângulos e sugestões visuais apenas com o uso do branco em espaços escuros. Outra novidade nessa edição é a auto-referência, além de homenagens a personagens de quadrinhos queridos pelo autor e ícones do cinema: Martha Washington, Elektra, Big Guy an the Rusty Robot, Lobo Solitário, Rambo, Ditry Harry, 300 de Esparta e Robocop.

Publicidade


Ah, sobre a história: o ex-herói de guerra junkie Wallace deixou as batalhas de lado para viver de ilustrações. Ele conhece a bastante desejável Esther, que acaba sendo raptada. A partir daí, o protagonista passa a edição inteira atrás da beldade. Claro, para descobrir que há algo mais complexo por trás do sumiço da guria...


Planetary - O que Warren Ellis e Alan Moore têm em comum? Além de serem britânicos, ambos compartilham de um humor ácido e gostam de brincar com literatura e quadrinhos. O que Moore fez com as criações dos escritores do século XIX em A Liga Extraordinária, Ellis faz com toda a cultura pop dos últimos cem anos em Planetary. E mais uma vez proporciona bons momentos em O Quarto Homem.

Publicidade


Em primeiro lugar, Ellis tem uma característica própria de narrar uma série mensal, a exemplo de Transmetropolitan: ele coloca um grande arco no fundo, sempre pincelando informações em uma edição ou outra enquanto faz histórias fechadas sobre os personagens. Isso garante a leitura para quem não acompanha o grupo de arqueólogos do desconhecido a cada revista e também satisfaz os fãs mais vorazes.


Bem, pra quem não conhece, Planetary é uma entidade que investiga vários fenômenos mundiais, entre teorias de conspiração e temas que viraram assunto em filmes, livros ou mesmo quadrinhos. A velocista forte e invulnerável Jakita Wagner, ao lado do sensitivo Baterista e do elemental Elijah Snow usam seus poderes e, especialmente, o conhecimento para desvendar tais intrigas.

Publicidade


Em O Quarto Homem, Elijah Snow busca pistas sobre o cara do título. Enquanto isso, o grupo topa com vários personagens saídos de referências pra lá de bacanas, o que, na verdade, é o charme da série: Quarteto Fantástico, filmes B dos anos 50, Nick Fury do talentoso escapista Jim Steranko e o universo Vertigo da DC Comics são apenas algumas das citações bem explícitas na edição, que compila os números de 5 a 12 da publicação norte-americana.


A arte de Cassaday continua sendo também uma das principais razões do sucesso do título. Consistente e regular, o ilustrador sempre ''compra'' o clima da história, que muda a cada edição, de acordo com a homenagem feita por Ellis, sem alterar a atmosfera proposta desde o primeiro arco, Mundo Estranho, também publicado no Brasil pela Devir. Assim, delicie-se vendo uma das histórias com a capa bem ao estilo de Dave McKean, de Sandman, outra bem pop-art de Jim Steranko, e por aí vai.

Publicidade


Serviço: Sin City - De Volta Ao Inferno tem 320 páginas, em preto-e-branco e colorido, no formato 17 x 26 cm, ao preço de R$ 48. Planetary - O Quarto Homem tem 204 páginas coloridas, no formato 16,5 x 24 cm e custa R$ 42.


A revistas citada acima podem ser encontradas em Curitiba na Itiban Comic Shop: Av. Silva Jardim, 845. Fone: (41) 3232-5367.

Música+Quadrinhos: Me First and the Gimme Gimmes+Planetary


Publicidade

Últimas notícias

Publicidade