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Gemma Bovery revisita Flaubert nos quadrinhos

04 out 2006 às 11:00

Gemma Bovery discute o mesmo que Madame Bovary: o adultério e os costumes da burguesia
- Reprodução
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Curitiba - Madame Bovary, de Gustave Flaubert, é um dos clássicos da literatura. Levou aos puritanos e arcaicos meios nobres da sociedade francesa, em 1857, a discussão sobre o adultério e as críticas sobre costumes do clero e da burguesia da época. A obra ganhou ainda mais projeção quando virou tema de julgamento sobre seu teor ''malígno'' e influenciou mudanças sociais.

O clássico de Flaubert ganhou uma adaptação contemporânea e essa história chega às prateleiras brasileiras pela editora Conrad. A quadrinhista britânica Elizabeth ''Posy'' Simmonds, 61 anos, colaboradora dos jornais ingleses The Sun e The Guardian, resolveu unir literatura e quadrinhos para contar sua versão de Madame Bovary, em Gemma Bovery.

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Não apenas os nomes dos personagens, Charles e Gemma Bovery, lembram o da obra original. Assim como Flaubert, Posy usa dos mesmos tópicos para gerar a discussão sobre o adultério, a tentação, o tédio da burguesia moderna. Gemma Bovery, segunda esposa de Charles, assumiu a criação dos filhos do rapaz e também o ódio de sua ex-mulher. Descontente, Gemma deixa Londres com o marido rumo à Normandia. Como sabemos, a vida em uma pequena comunidade rural não é assim emocionante. O vizinho do casal, o padeiro Joubert, passa então a gerar um pouco de agitação nesse cenário...

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A narrativa de Posy prioriza a prosa, o estilo literário, muito mais próximo de um livro ilustrado do que uma história em quadrinhos em si -com toda redundância típica desse formato, como no material didático. Em alguns momentos, a artista chega a utilizar mais o conceito da arte sequencial, às vezes com quadros apenas com imagens e raramente com a tradicional ação de desenhos e palavras interagindo com fluidez.

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Esse tipo de álbum tem um grande público na Europa, que costuma ler mais e também ser flexível à experimentação de literatura com arte sequencial. Ponto para a Conrad, por ter ousadia e coragem de trazer essa forma de Nona Arte ao Brasil, para um nicho reduzido. Até porque Flaubert não é o autor preferido dos leitores tupiniquins, muito menos os de quadrinhos.


TOP COW NA PANINI COMICS

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Com a iminente perda dos direitos sobre os personagens da DC Comics para a Pixel Media, a Panini Comics já coloca a partir deste mês o plano de reposição em execução. A editora passa a publicar com mais intensidade e regularidade o material da Top Cow no Brasil, com o lançamento de quatro minisséries.


Para quem não sabe ou não lembra, a Top Cow nasceu a partir das criações de Marc Silvestri, que fez fama nos X-Men no início dos anos 90, na então debutante Image Comics. O estúdio se desvencilhou da Image e começou a produzir de forma independente revistas como Darkness e Witchblade.

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Com o passar dos anos, a Top Cow seguiu a onda de outros estúdios, que decidiram apostar em novos talentos, em roteiristas de séries televisivas e filmes, em material diferenciado sob um olhar mais adulto. Assim nasceram Rising Star: Estrelas Ascendentes, Midnight Nation: Povo da Meia-Noite, Kin - O povo perdido e Down - No submundo do crime, que serão lançados por aqui pela Panini.


Rising Stars recomeça pela Panini. O arco inicial de Michael Straczynski (criador de Babylon V e agora roteirista da nova série de Thor) já havia sido publicado por aqui pela Mythos mas volta a ter sua cronologia zerada no Brasil. Serão cinco edições mensais, a R$ 5,90, com exceção da primeira, com mais páginas e história inédita, a R$ 6,50.

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Straczynski também assina Midnight Nation, história sobrenatural sobre personagens que vivem entre os vivos e os mortos, em seis edições mensais, a R$ 5,90. A primeira também será mais cara, R$ 6,90, devido às páginas extras. O ilustrador Gary Frank, famoso por sua passagem pelo Hulk nos anos 90 e por Esquadrão Supremo, escreve e desenha Kin - O povo perdido, que gira em torno de uma comunidade de homens das cavernas no mundo atual. Em duas edições, a primeira com 76 páginas a R$ 5,90 e a segunda com 92 páginas a R$ 6,50.


Warren Ellis (Pesadelo Supremo, Homem de Ferro, Quarteto Fantástico Millenium) também lança pela Top Cow no Brasil a série em duas partes Down - No submundo do crime. A mini conta o cotidiano de Deanna Ransome, policial infiltrada em uma gangue de mafiosos. Como sempre nas obras de Ellis, muito sangue e surpresas. Cada revista sai por R$ 5,50.

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Serviço: Gemma Bovery sai no formato 18 x 30 cm, com 120 páginas, a R$ 38,90.


O material citado acima pode ser encontrado em Curitiba na Itiban Comic Shop: Av. Silva Jardim, 845. Fone: (41) 3232-5367.

Música+Quadrinhos: Stone Roses+Gemma Bovery


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