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Semente Ruim dá fôlego ao Monstro do Pântano

03 ago 2006 às 11:00

Monstro do Pântano é corrompido pelo poder e precisa mais uma vez da humanidade de Alec Holland
- Reprodução
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Curitiba - O Monstro do Pântano nunca teve a regularidade que o personagem, praticamente o criador do selo de quadrinhos adultos Vertigo da DC Comics, merece. A revista mensal norte-americana realmente às vezes castiga o Verdão com fases medíocres mas vez ou outra aparecem escritores e desenhistas que salvam o ano. É o caso do lançamento da Devir Livraria, Monstro do Pântano: Semente Ruim.

Do que se trata Semente Ruim? Bem, o outrora cientista Alec Holland, após um acidente, incorporou-se ao elemental da Terra e impediu que o poder absoluto corrompesse a entidade, com o juízo da alma humana. Assim nasceu o Monstro do Pântano, que ao longo desses anos conquistou o amor de Abby Cable e gerou uma filha, Tefé. A menina herdou os poderes do pai e também a capacidade de controlar a carne.

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Passado algum tempo, Alec deixou o elemental, que cresceu de forma descontrolada e acrescentou ao controle da flora os quatros elementos, terra, água, fogo e ar. O Monstro do Pântano então perdeu sua humanidade e em Semente Ruim ameaça a existência do planeta como o conhecemos.

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A edição ganha um charme extra com o mago moderno John Constantine, que auxilia Holland e também garante boas risadas com o seu bastante conhecido humor ácido. O personagem, aliás, é o fio condutor da trama pelas mãos de Andy Diggle, que conhece de perto o temperamento inglês por ser britânico e ter tido boa experiência com a famosa revista 2000 A.D., de onde saiu Judge Dredd.

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O argentino Enrique Breccia dá um show à parte no álbum. Assim como já mostrou na biografia de Lovecraft, o artista imprime ritmo e clima de horror que a revista demanda. E consegue dar a Constantine ainda mais vitalidade e sarcasmo, exatamente como manda o figurino. Tudo com técnica de hachuras e arte-final pintada raros de serem vistos em uma revista mensal, como saiu nos Estados Unidos. O arco foi o que deu ao personagem a quarta encarnação de sua revista.

Astro City - O que é legal em Astro City? Bem, além das capas pintadas de Alex Ross, é aquele clima de ''Era de Ouro'' dos quadrinhos, uma aventura simples e ingênua, no bom sentido, quase despretensiosa. Bem, ingenuidade e despretensão é a forma que Kurt Busiek encontra para ''enganar'' o leitor e moldar tudo o que já foi visto nesse tipo de história para impor seu estilo próprio de contar uma trama com superseres.


Apesar de não ser exatamente o material superestimado por Neil Gaiman na introdução do volume, Astro City: Inquisição tem sim seu valor artístico devido à visão incomum de Busiek. Ele sabe, mais do que a maioria do ramo, que arte vai de encontro com identificação e essa é a palavra-chave para entender o sucesso da revista.

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O protagonista, por exemplo, pode ser um garoto de qualquer parte do mundo e o leitor passa a ser seu comparsa, divide pensamentos, angústia, felicidade, aflição com o personagem. Brian Kinney chega a uma cidade grande, Astro City, conhecida por ser reduto de superseres. E a partir daí começa a jornada que vai transformar um menino em um homem e herói.


É bem verdade que os desenhos de Brent Anderson não são lá os mais adequados para a narrativa de Busiek, mas o ilustrador não chega a decepcionar e dá conta do recado. A Era de Ouro está tão presente na história que inúmeras são as referências aos criadores dessa época, espalhadas pela revista. A edição traz ainda alguns bônus, como a curta ''A Proximidade Dela'', indicada ao Prêmio Eisner, além de esboços de personagens, estudos de capa, entre outras coisas bacanas.

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Sin City - Já está cansado de Sin City? Se não, aqui vai a última fornada de quadrinhos que ainda não havia saído no Brasil. Bem, alguma parte de Balas, Garotas & Bebidas já havia sim chegado em solo tupiniquim, mas a Devir resolveu publicar de novo junto de outras histórias curtas.


Aqui, mais do mesmo: cidade corrupta, valentões à prova de balas, mulheres fatais e vagabundas, bebida, cigarro e violência. Rostos conhecidos aparecem novamente, como Marv e Dwight, assim como as safadas do bairro das meninas, entre outros personagens que podem ganhar mais profundidade em futuros arcos ou películas.

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O filme, aliás, ganha conexão na edição com a origem da vilã Délia, na curta que serviu para abrir a adaptação. Recomendado, principalmente para quem quer completar a coleção do mestre da luz e sombra, Frank Miller.


Serviço: Monstro do Pântano: Semente Ruim tem formato 16,5 x 24 cm, com 144 páginas a R$ 38,50. Astro City: Inquisição tem formato 16,5 x 24, 208 páginas e sai por R$ 45. Sin City: Balas, Garotas & Bebidas, tem formato 17 x 26 cm, 160 páginas e custa R$ 38.


O material citado acima pode ser encontrado em Curitiba na Itiban Comic Shop: Av. Silva Jardim, 845. Fone: (41) 3232-5367.

Música+Quadrinhos: Echo and the Bunnymen+Monstro do Pântano


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