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Confira seis dicas para ter sucesso na etapa de vídeo de processos seletivos

18 out 2019 às 08:11

Está aberta a temporada de seleção em programas de estágio e trainee nas maiores companhias do Brasil. Esta é a época do ano em que boa parte das empresas busca os novos talentos para compor seu grupo de colaboradores.

Os vídeos de apresentação, conhecidos como pitch, são bastante solicitados nestes processos seletivos. Tão importantes quanto o currículo, podem desclassificar diversos candidatos por não entenderem o formato adequado de apresentação e os principais pontos que os recrutadores avaliam.


Para ajudar os participantes a prepararem esses vídeos, Lucas Rana, sócio-diretor da Dinâmica Treinamentos, que soma mais de 5.000 alunos treinados aos processos seletivos mais difíceis e concorridos, orienta os candidatos com dicas práticas para montar um bom pitch e explica como funciona a avaliação das empresas.


Forma de falar - De acordo com Rana, cerca de 70% da decisão de aprovar o candidato está na forma como ele fala e 30% no conteúdo e na organização do que se fala. Além de pensar na estrutura do que irá abordar, é importante tomar cuidado com a postura.


Portanto, o principal elemento para se sair bem durante o vídeo é emplacar um sorriso, pois isso gera um impacto positivo na pessoa que está assistindo. Gesticule e não pareça um robô. Dê ênfase nas palavras-chave, mostre energia em determinados momentos para manter a atenção de quem assiste. Olhe sempre para câmera, seja firme, amigável e confiante.


Formato - Não é necessário realizar edições e, quando não especificado, fique à vontade para optar por gravar em formato vertical ou horizontal. "Utilize roupas de cores neutras e grave em um ambiente claro”, recomenda Rana.


Organização - Outra dica de extrema relevância é a organização da apresentação, pois é um ponto que pode eliminar o candidato do processo seletivo. Diante da análise do especialista da Dinâmica Treinamentos, o principal fator para o candidato se sobressair é fazer um vídeo atrativo e organizado, capaz de prender a atenção dos recrutadores e também ser claro e objetivo ao descrever a trajetória.


Pipeline - No treinamento preparatório para processos seletivos, os alunos aprendem a montar um pipeline para a gravação do vídeo, que é o roteiro mais bem avaliado.


A recomendação é iniciar o vídeo com um resumo atrativo com as principais experiências, sendo no máximo seis, nos primeiros 30 segundos, sem a obrigação de seguir ordem cronológica. Já a segunda etapa do vídeo, a linha do tempo, passa ter a função de complemento e deve conter todo o detalhamento das experiências citadas. "Desta forma, é possível prender a atenção dos recrutadores, que em geral não assistem aos vídeos até o final”.


Conteúdo - No resumo, recomenda-se selecionar seis experiências, se tiver menos, utilize todas que tiver. Entretanto, na linha do tempo, é importante citar todas as experiências em ordem cronológica, detalhadamente, dando ênfase às mais relevantes. É extremamente importante evidenciar suas habilidades comportamentais, conhecidas como soft skills, mas só falar frases como "eu trabalho muito bem em equipe” não fortalece, pois qualquer pessoa pode falar isso.


Portanto, é por meio de abordagem dos fatos e competências que será possível avaliar se o candidato trabalhou bem em equipe, liderou soluções ou é uma pessoa resiliente.


Marketing pessoal - Outro ponto relevante é o Storytelling. Para quem não conhece o termo, storytelling é a arte de contar boas histórias, uma técnica muito comum para profissionais de marketing e propaganda. Saber contar uma boa história de forma a atrair a atenção de quem assiste é fundamental. Trabalhe e explore o máximo que puder o seu marketing pessoal na hora de falar. Saiba vender o profissional que você é e suas competências.

Para complementar, Lucas Rana traz importantes dicas gerais: não preste processos seletivos por prestar; escolha a área de atuação que pretende seguir e foque em se desenvolver nela; se você está perdido, faça o quiz de carreira; participe o máximo que puder de projetos e extensões durante a graduação; e faça dois anos de estágio, se puder em empresas diferentes, na mesma área.


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