Perto da segunda fase do vestibular da UEL (Universidade Estadual de Londrina), marcada para dias 02, 03 e 04 de abril, o setor imobiliário na cidade já se prepara para bons negócios que costumam acontecer a partir da divulgação do resultado do concurso e a chegada de estudantes que vêm de fora da cidade.
Segundo informações do estudo UEL em Dados de 2020, disponível no site da instituição, dos 13.314 estudantes ativos da graduação no ano do levantamento, 6.416 vinham de outras localidades, ou seja, quase 50% são de fora de Londrina. Além do Paraná, São Paulo aparece como o segundo estado com maior número de estudantes na universidade, respondendo por 13,8%.
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Renato Gomes, sócio da G1 Imob, afirma que é nítido que o setor de locações tem um crescimento de demanda importante no período em que se iniciam as aulas nas universidades. “Me arrisco dizer que a procura triplica nessa fase”, avalia. Ele completa que essa entrada de estudantes na cidade movimenta a liquidez de venda dos imóveis, especialmente os mais compactos, e inflaciona os valores de locação também, uma vez que a demanda aumenta.
A Gleba Palhano, que tem acesso fácil para universidades e é repleta de atrativos – entre eles dois shopping centers, é um bairro bastante desejado. Mas, segundo Gomes, existe uma oferta vasta de imóveis espalhados por várias regiões de Londrina com perfil de universitários.
A sócia da Gleba Imóveis, Sheyla Malavasi, confirma o incremento do setor de locação e estima que o período de início das aulas nas universidades representa cerca de dois meses de todo o faturamento em locação na imobiliária, somente com os novos clientes.
Malavasi chama atenção também para o aumento do volume de vendas de apartamentos para famílias de estudantes que passam nos vestibulares e cita exemplo dos alunos dos cursos de medicina, que ficam ao menos seis anos na cidade - como casos em que as famílias optam pelo investimento na compra, principalmente de imóveis menores, com um ou dois quartos.
“Temos um aumento de até 30% nas vendas nos primeiros quatro meses do ano quando atendemos os estudantes”, analisa Malavasi. Ela comenta que embora o valor de locação na Gleba chega a ser 50% maior em comparação com o Centro, em apartamentos muitas vezes com o mesmo padrão e os mesmos acabamentos, muitas pessoas querem morar na Gleba Palhano. "A Gleba caiu no gosto da cidade, dos universitários, que lá contam com prédios com áreas de lazer para receber os amigos e ainda a facilidade de acesso para as universidades”, completa.
Vinícius Medeiros, gerente de vendas da construtora Vanguard, afirma que cerca de 50% das vendas efetuadas pela empresa ano passado foram para investimento. Desse percentual, 30%, diz ele, foram de pais comprando apartamentos para seus filhos.
Na Vanguard, por exemplo, um dos empreendimentos prestes a ser entregue e dentro das características buscadas por investidores para aluguel ou mesmo pais que preferem adquirir um imóvel para seus filhos é o Insight Palhano, localizado no alto da Gleba Palhano, na rua Heitor Astrogildo Lopez.
Entre os atrativos, o gerente de vendas cita as metragens dos apartamentos – entre 62 e 89 m² -, a inovação de ser o primeiro prédio da cidade com fachada iluminada e as áreas comuns e de lazer, como coworking e office, bike share, steakhouse com piscina privativa, academia de ginástica e pet place .
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