Os 1.103 alunos do Colégio Estadual Lúcia Barros Lisboa terão, nesta quarta (19) e quinta-feira (20) suas refeições preferidas nos três turnos de aula. Para atrair os estudantes, as merendeiras preparam estrogonofe e cachorro-quente, respectivamente, num clima de confraternização para os horários de intervalo
A ação, em conjunto com o NRE (Núcleo Regional de Educação) e a Patrulha Escolar, da PM (Polícia Militar), é uma tentativa de chamar os alunos num período em que proliferam mensagens e notícias falsas (fake news) sobre atentados contra escolas.
“Devido a esses episódios, tem diminuído a frequência de estudantes, muitas vezes até por receio dos pais. Então, resolvemos fazer este ‘dia D’, como tem em outras campanhas como a vacinação, para tranquilizar os pais e para que as crianças venham para a escola sem preocupação”, explica o vice-diretor do colégio, Edinaldo Facio.
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E a ação, deu resultado? “Deu resultado esta manhã. Foi preciso mobilizar outros setores, a secretaria ajudou, a direção e os professores se envolveram. Tivemos de ampliar o intervalo para dar conta
[de alimentar todos] e o grêmio estudantil colocou música no intervalo”, conta o vice-diretor. E complementa: “O colégio precisa deles. Sem alunos, não existe escola.”
De acordo com Facio, outras unidades escolares também prepararam ações em conjunto com o NRE. A reportagem tentou contato por telefone e aplicativo de mensagens com a coordenadora do núcleo regional, Jéssica Pieri, mas ela não retornou até a publicação.
'Operação fecha-quartel'
A Polícia Militar prepara para esta quinta-feira a Operação Escola Segura, quando o comando do 5º Batalhão da PM vai colocar todo o seu efetivo, incluindo os oficiais que exercem funções administrativas, no patrulhamento ostensivo em frente às escolas.
O coordenador da Patrulha Escolar de Londrina e região, tenente Renan do Prado, diz que a ação tem o objetivo de dar mais segurança a pais e alunos que se sentem amedrontados frente a notícias falsas de ataques no 20 de abril, mesma data em que ocorreu o histórico massacre em uma escola em Columbine (Colorado, EUA), quando dois adolescentes assassinaram 12 adolescentes e um professor. “Isso não se dá em virtude de que vá ocorrer algo, mas, como houve várias fake news, vamos aumentar o policiamento, que já foi fortalecido nas escolas”, diz Prado.