O pesquisador da UTFPR (Universidade Tecnológica Federal do Paraná) do Campus Medianeira (Oeste), Oldair Donizete Leite, é um dos integrantes do grupo que estuda o diagnóstico da Doença de Alzheimer através da detecção de um biomarcador, em plasma sanguíneo. A equipe, formada por integrantes da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos), desenvolve um magnetoimunoensaio baseado em um eletrodo serigrafado de baixo custo para detectar a proteína ADAM10 solúvel em amostras de plasma, um potencial biomarcador para o diagnóstico precoce da doença.
O envolvimento do professor Oldair Leite teve início em 2022, durante o seu estágio pós-doutoral no Laboratório de Bioanalítica e Eletroanalítica da instituição paulista. “Estávamos estudando o desenvolvimento de um dispositivo de detecção eletroquímico portátil, simples, sensível e de baixo custo e, aproveitamos o know-how do grupo com o trabalho com o Alzheimer, para validar este dispositivo", conta ele. "Retornando à UTFPR, estamos desenvolvendo também estudos com este dispositivo (plataforma) visando o monitoramento de bactérias (Salmonella, Listeria) e de vírus (gripe aviária) em matrizes alimentícias e ambientais”.
A pesquisa sobre a doença de Alzheimer já resultou em pedidos de patentes solicitados pelos professores Patrícia Manzine e Márcia Cominetti, do Departamento de Gerontologia, da pós-doutoranda Tássia de Oliveira e do professor Ronaldo Censi Faria (coordenador do projeto) do Departamento de Química da UFSCar.
Leia mais:
APP-Sindicato questiona equidade no programa Parceiro da Escola em Londrina
Estudo sugere que consumo de chocolate amargo está ligado à redução no risco de diabetes tipo 2
Projeto da UEL com materiais biodegradáveis é contemplado em edital da Finep
UEL publica informativo que mostra seu papel no desenvolvimento de Londrina
DIFERENTES ESTÁGIOS
O dispositivo, segundo o professor, utiliza amostras de sangue que permitem diferenciar idosos saudáveis e doentes ou com predisposição à doença, além de detectar diferentes estágios dela – do transtorno neurocognitivo leve ao estágio mais avançado.
“O magnetoimunoensaio aqui proposto mostrou a capacidade de detectar com precisão ADAM10 em amostras de plasma e os níveis de proteína apresentaram tendência a aumentar em pacientes com diagnóstico de comprometimento cognitivo leve e com doença de Alzheimer. Isto indica que esta proteína poderia ser um importante biomarcador para o diagnóstico precoce e monitoramento da DA, e o magnetoimunoensaio proposto poderia ser um teste sorológico rápido e econômico para o diagnóstico da DA”, explica.
LEIA MAIS NA FOLHA DE LONDRINA.