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Maioria dos infectados por Covid-19 ainda tem sintomas após seis meses, diz estudo da UEL

Redação Bonde com AEN
24 nov 2021 às 14:59
- Ari Dias/AEN
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Mais da metade (53,3%) dos 259 pacientes acompanhados pelo estudo “Avaliação clínica funcional e qualidade de vida de pacientes após um, dois, seis e 12 meses do diagnóstico de infecção por Sars-CoV-2 no município de Londrina-PR” apresentam pelo menos um sintoma persistente da infecção de Covid-19 após seis meses. 


Esse é um dos resultados preliminares do projeto, em execução desde outubro de 2020 e que passa pela fase de coleta de dados, por meio de um formulário do Google Forms enviado via WhatsApp.

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Segundo a coordenadora do projeto e professora do Departamento de Fisioterapia da UEL (Universidade Estadual de Londrina) – CCS (Centro de Ciências da Saúde), Celita Salmaso Trelha, os resultados preliminares apontam dois tipos de sintomas, de acordo com a durabilidade destes: subagudos (de 4 a 12 semanas) e crônicos (acima de 12 semanas). 

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Os sintomas mais frequentes são fadiga (47%), dores e mal estar (32%), dor de cabeça (14%), desânimo (13%) e perda de olfato (10,4%).

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Do total, 54 apresentaram sintomas persistentes após um ano da infecção. Desses, 40% relatam a existência de pelo menos um sintoma por um ano, entre os quais fadiga (40%), ansiedade e depressão (32%), dor e mal estar (26%), perda de memória (15%), falta de ar (12%), perda de olfato (9%) e dores de cabeça (7%). 


Segundo a professora, a evidência de sintomas persistentes muito variados indica que a doença deve ser acompanhada por equipes multiprofissionais.

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O formulário preenchido pelos pacientes pede informações básicas (nome, telefone celular, doenças prévias), perguntas sobre rotina de exercícios e atividades físicas, sintomas adquiridos após a infecção pela doenças, entre outras questões.


Incômodos – Outro ponto evidenciado pela pesquisa é a persistência de “incômodos leves e muito leves” em pacientes. Cerca de 30% do total de ouvidos relata ter, mesmo meses após a infecção, incômodos leves ou muito leves que comprometem, de algum modo, suas atividades diárias, seja no lazer ou no trabalho. 

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“Esses pacientes podem demorar a conseguir um desempenho igual no trabalho e também desfrutar momentos de lazer da mesma forma. Ou seja, é uma doença que afeta várias esferas sociais e da vida do indivíduo. Alguns podem até não se sentir aptos a voltarem ao trabalho”, completou Celita.


Essas limitações podem ser observadas em atividades cotidianas, como levantar-se, subir escadas ou correr, além da intensificação de quadros de ansiedade ou depressão, que afetam o cotidiano.

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Sintomas – Há pouco menos de um ano de completarem a pesquisa, ainda não está totalmente claro para os participantes do projeto quais são os fatores que explicam a persistência de sintomas em alguns pacientes. No entanto, algumas pistas já começam a surgir. 


“Podemos afirmar que há uma conjunção de fatores, entre eles a resistência imunológica, genética e hormonal”, avaliou Celita.

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A prevalência dos sintomas persistentes em mulheres, que têm o dobro de chances de desenvolvê-los comparadas aos homens, também é um fator que chama a atenção. 


“Isso pode estar ligado ao fato de as mulheres se cuidarem mais e buscarem atendimento médico com mais frequência”, disse. A população que respondeu o questionário tem uma média de idade de 39 anos. Apenas 7% necessitaram de internação. 

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Pesquisa – O estudo sobre os sintomas persistentes da Covid-19 já rendeu alguns trabalhos científicos, publicados em congressos pelo Brasil. 


No mês de outubro, o grupo do projeto de pesquisa apresentou quatro trabalhos no 29º Simpósio Internacional de Iniciação Científica e Tecnológica da USP (Universidade de São Paulo). 


Outra pesquisa foi apresentada no eixo de Promoção, Prevenção e Vigilância, do 6º Prêmio Inova Saúde PR, promovido pelo Inesco (Instituto de Estudos em Saúde Coletiva) do Paraná.

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