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Projeto da UEL aposta em energia limpa com produção de hidrogênio e metano da fécula de mandioca

Redação Bonde com Agência UEL
09 nov 2021 às 14:46
- Divulgação/Projeto
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O Paraná é o principal produtor brasileiro de fécula de mandioca, sendo responsável por 70% da produção nacional. O produto, derivado da produção de agroindústrias espalhadas principalmente nos polos Noroeste, Oeste e Leste do Estado, e utilizado na indústria de tecido, papel, cola e tintas, é o tema do projeto de pesquisa “Produção de biohidrogênio e biometano em sistemas combinados acidogênico-metanogênico a partir da água residuária de fecularia de mandioca”. 


O projeto é vinculado ao CTU (Centro de Tecnologia e Urbanismo) da UEL (Universidade Estadual de Londrina) e ao diretório de pesquisas do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), na área de “Engenharia Sanitária”.

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Segundo a professora coordenadora do projeto, Deize Dias Lopes, do Departamento de Construção Civil/CTU, o grupo começou a trabalhar especificamente com produção de hidrogênio e metano nos fins de 2017. 

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“Os estudos envolvendo hidrogênio ainda são bastante iniciais em todo o mundo, mas o metano produzido por féculas de mandioca já é objeto de estudos e utilizado há algum tempo. Como um carboidrato, com bastante matéria orgânica, produz a água residual que, se bem tratada, pode reduzir o impacto ambiental das indústrias e, ainda, servir de biocombustível”, explicou a professora.

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A doutoranda Isabela Bolonhesi, do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil, na área de Tratamento de Efluentes e Águas Residuais, produz uma tese a respeito da geração de bioenergia através desses efluentes. Ela analisa o processo de decomposição anaeróbia da água residual da fécula de mandioca. “A partir desse processo, dividido em duas fases, é possível extrair o biogás proveniente dessa quebra”, completou. 


Energia limpa e renovável - Um dos principais pontos da pesquisa é a aposta na produção energética limpa e renovável, especialmente em um contexto em que o país passa por uma crise hídrica e necessita de revisão de sua matriz energética, segundo a pesquisadora. 

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“Em 2020, tivemos no Paraná a geração de 300 mil toneladas de fécula de mandioca. Os efluentes líquidos dessa produção, se transformados em biocombustível, podem gerar até 15 gigawatts hora ao ano de energia”, afirmou.

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A produção de bioenergia através de gás metano no Brasil ainda é bastante tímida, segundo a pesquisadora. “Temos, em média, uma produção de 0,9% de energia proveniente dessa fonte”, avaliou. 

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“O biocombustível tratado corretamente tem uma redução da sua carga orgânica, o que reduz, também, o impacto ambiental do descarte desse efluente na natureza. Mesmo que o resíduo seja corretamente descartado, isso ocupa espaço em um aterro, então é um reaproveitamento total da produção”. A pesquisa de Isabela foi feita em laboratórios multiusuários da UEL.


Viabilidade econômica - Outro estudo, ligado ao projeto de pesquisa, é a tese de Ivan Taiatele Junior, estudante do mesmo programa de pós-graduação, intitulada “Viabilidade econômica da produção de biogás de efluente de indústrias de fécula de mandioca”. 

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O estudo avalia a viabilidade econômica do produto para empresas de portes variados. A água residual das fecularias de mandioca pode ser utilizada por empresas no entorno das fecularias, bem como para geração de energia para comunidades próximas às áreas que são pólo produtivo do material.


Nesse sentido, Deize relembra que, para pequenas fecularias que desejam exportar a produção, é possível unir-se para participar da chamada “economia circular” ou “bioeconomia”. “As grandes fecularias já exportam sua produção, em geral, para a China. Para as menores encontrarem competitividade, uma possibilidade é uma união como cooperativa.”

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