Professoras e estudantes da UEL (Universidade Estadual de Londrina) iniciaram neste mês de julho o Projeto de Extensão Mulheres Fazem, Mulheres Vendem. A iniciativa tem o objetivo de difundir pequenos negócios organizados por empresárias e empreendedoras de Londrina e região, melhorando a comercialização e, consequentemente, a renda familiar afetada pela pandemia. O projeto começa com a divulgação destes pequenos negócios em um site e redes sociais onde é possível conhecer parte da produção das empresárias (acesse aqui).
Segundo a professora Silvana Mariano, do Departamento de Ciências Sociais do Cesa (Centro de Ciências Sociais Aplicadas) da Universidade, uma das coordenadoras do projeto de extensão, a iniciativa começa atendendo a nove negócios, pertencentes a um grupo de 13 mulheres. Ela descreve que entre os empreendimentos estão produção de roupas e enxoval infantil, artesanato, decoração e produtos de beleza. A sondagem realizada pelo grupo apontou que existe um alto volume de empreendimentos feitos por mulheres na área de cosmética e beleza e ainda no artesanato e alimentação.
A professora explica que o projeto surge como um apoio a essas mulheres na realização de suas atividades para geração de renda ou complemento da renda familiar. A proposta busca dar visibilidade para estes pequenos negócios, incentivando novos consumidores a priorizarem ou fazer uso destes produtos e serviços.
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Em uma segunda fase, explica a professora, as integrantes do projeto pretendem organizar oficinas e treinamentos para que as empresárias possam aprender técnicas e ferramentas de mídia social. O projeto conta com professores e estudantes de Ciências Sociais, Serviço Social, Psicologia, Enfermagem e Saúde Coletiva. Também apoiam a iniciativa representantes do poder público como o Centro de Economia Solidária, Conselho Municipal dos Direitos das Mulheres e as Secretarias de Política para as Mulheres e de Assistência Social de Londrina.
Renda complementar - A artesão Marcia Fidelis é uma das empreendedoras beneficiadas pela proposta. Há 13 anos ela fabrica em casa enxovais para bebês, mantas, cobertores, babadores e demais produtos personalizados. Márcia explica que antes da pandemia era possível faturar cerca de um salário mínimo/mês, renda que ficou bastante comprometida desde o início do isolamento social, em março de 2020.
Segundo ela, o cenário antes da pandemia permitia que os artesãos participassem de feiras e exposições de produtos do gênero. Com a necessidade do isolamento social, estas oportunidades de eventos foram adiadas, prejudicando vendas e a renda. "Hoje eu vivo de encomenda de mantas, cobertores, são produtos bordados a mão, de forma personalizada”, explica ela. A expectativa é de que o apoio do projeto Mulheres Fazem, Mulheres Vendem possa ajudar a recuperar ao clientes, a partir da projeção do trabalho para um público maior.
Acesse as mídias do projeto – Mulheres Fazem Mulheres Vendem ou o site da iniciativa – Aqui.