O cantor Amado Batista concedeu declarações polêmicas durante entrevista à jornalista Marília Gabriela, no programa "De Frente com Gabi", no SBT, na madrugada desta segunda-feira (27).
Quando Marília perguntou sobre época do regime militar, Amado não poupou detalhes. "Me bateram muito. Me deram choques elétrico, e ainda um dia me colocaram com uma cobra", disse. "Um dia me soltaram. Todo machucado. Fiquei tão atordoado que pensei em ser mendigo. Queria largar tudo. E virar andarilho", confessou.
De acordo com ele, a perseguição começou quando ele trabalhar em uma livraria e facilitou o acesso de alguns escritores aos livros proibidos da época.
Leia mais:
Chico Buarque assina manifesto em defesa do padre Júlio, alvo de CPI
Men of the Year: Dr. JONES elege Péricles como homem atemporal em categoria inédita
Jonas Brothers anunciam único show em São Paulo em abril de 2024
Guinness confirma que Taylor Swift fez a turnê mais lucrativa da história
Ao ouvir as revelações, Marília questionou o apresentador sobre o interesse em depor na Comissão da Verdade que investiga a tortura durante a ditadura militar. "Você não tem vontade de encontrar os caras que fizeram isso contigo? Ir a fundo, limpar esse passado?".
"Não. Eu acho que eu mereci. Eu fiz coisas erradas, então eles me corrigiram, assim como uma mãe que corrige um filho", afirmou Amado.
A afirmação causou surpresa e espanto na apresentadora. O cantor tentou despistar a insistência de Marília e disse que "aquilo" era coisa do passado e que os militares estavam certos.
Gabi ainda disse que Amado recebe uma indenização mensal pela tortura que recebeu no tempo da ditadura, oferecida pela Comissão de Direitos Humanos e da Lei da Anistia. Amado confirmou a informação e disse que o valor é pouco mais de R$ 1 mil. (Com informações do Portal O Fuxico).