O grupo se formou em 1996 com o intuito de tocar covers que agradavam ao público, e a idéia de procurar constantemente músicos melhores para fecharem a banda. "Com o tempo vimos que a parte musical era tão importante quanto o lance da convivência, da harmonia dos integrantes da banda. Precisamos de um guitarrista, mas estamos com precaução para não pegar o cara errado", conta Conrado (vocal e violão), o letrista da banda. A formação atual traz ao seu lado Daniel (baixo) e Marcelo (bateria).
Para Conrado o grupo está na melhor fase da carreira. "A banda não é um meio de ganhar dinheiro, temos outros trabalhos. Cansamos de tocar covers o tempo todo só para agradar o público. Hoje nossos covers são mais selecionados, tocamos o som que ouvimos no carro, em casa", conta o vocalista, que acredita que fazer música é muito mais gratificante que a cópia de outros artitas. "A música própria não abre espaço para comparações com o original. As pessoas simplesmente gostam ou não", conta.
Depois de um ano sem realizar shows e se dedicar exclusivamente a produção do primeiro disco. O Nem Nome Tem.? está voltando aos palcos. Além de covers dos Beatles, Tom Petty, U2, Raul Seixas, Pearl Jam, Erasure entre outros, o grupo apresenta as sete músicas do CD, que acaba de sair do estúdio. A banda agora vai produzir as fotos e voltar as atenções para a parte gráfica do trabalho. "Depois vamos mandar prensar em São Paulo. Estamos pensando em fazer um financiamento. Vai ser um investimento", conta Conrado.
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O grupo pretende distribuir os discos, ao invés de tentar vendê-los e concorrer com a indústria cultural. "Queremos que as pessoas levem o CD para casa, escutem e nos dêem o retorno do que acharam", argumenta. O álbum ainda não tem um nome, o que não é novidade para a banda. O Nem Nome Tem.? foi um título provisório para a realização da primeira apresentação. "Sentamos um dia para criar um nome, mas não entramos em consenso. Quando vimos estávamos fazendo vários shows na região e decidimos manter", conta.
A banda nasceu numa garagem na cidade de Cambé, e em pouco tempo o Nem Nome Tem.? estava com a agenda lotada. "Por várias semanas chegamos a tocar na quinta, na sexta, na sábado, e no domingo à tarde. Tocamos muito nas cervejas do R.U. e em várias outras festas em Londrina e região", conta Conrado, que não sente saudade deste tempo, e prefere colher os frutos das músicas próprias. No ano passado a canção "Patsy" foi selecionada para o Festival de Música Cidade Canção - FEMUCIC, de Maringá. Foram escolhidas 20 músicas, de um universo de mais de mil, para a apresentação no Festival.
As composições procuram fazer críticas sociais, com letras que requerem uma certa interpretação, como a canção "Ritual". "Nossa sina é pagar pelos pecados dessa vida o passado, sem saber se cometeu. E nas Igrejas velhos lobos disfarçados. Pobres cegos condenados seguem homens e esquecem Deus", diz a primeira estrofe. Conrado não se preocupa se as pessoas vão entender o significado, ou se a canção vai fazer sucesso. Ele sabe que: "O que faz sucesso hoje são as músicas que não precisam de interpretação. Um exemplo: Alo galera bate a mão e bate o pé. Que interpretação isso pode ter", diz Conrado (risos).
Além de "Ritual" e "Patsy", fazem parte do disco as composições "A fresta", "Veio com o Vento", "Povo Amarrado", "Pobre Velho" e "New Dream", única em inglês. O estilo segue um rock balada, que comunga com o pop em algumas composições e com uma guitarra mais pesada em outras. A ordem das músicas no disco ainda não foi definida. Por enquanto só existem algumas cópias em CDR. A banda também pretende criar uma página na internet, mas ainda não há previsão de quando vai ser lançada. Por enquanto, o endereço eletrônico do Nem Nome Tem.? na web é [email protected]