Um presente de fim de ano antecipado para todos os fãs de carteirinha dos Beatles. O acervo musical do quarteto de Liverpool finalmente está disponível nos serviços de streaming. Deezer, Apple Music, Google Play, Microsoft Groove, Napster/Rhapsody, Amazon Prime Music, Slacker Radio, Spotify e Tidal recebem nesta quinta (24) hits de 13 álbuns da banda britânica.
A expectativa era de que o grupo mais famoso do mundo fizesse um contrato exclusivo com apenas uma das plataformas digitais. No entanto, a indústria acabou surpreendida na quarta, 23, com o anúncio do acervo disponível simultaneamente em nove serviços digitais. O acordo envolve, no total, direitos de 224 músicas, de 13 álbuns originais de estúdio, além de coletâneas indispensáveis.
Cerca de 1,1 milhão de pessoas no Spotify já seguem os Beatles, que conseguiram vender em sua primeira semana no iTunes Music dois milhões de singles e 450 mil álbuns.
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Vale lembrar que os Beatles esperaram cinco anos para lançar seus discos em CDs e não conversavam sobre a revolução do download até 2010, sete anos depois do lançamento da iTunes Store (serviço de venda de música da Apple).
Com a chegada de John Lennon, Paul McCartney, George Harrison e Ringo Starr aos serviços de streaming será interessante observar a competição com nomes bem mais recentes da música. O exemplo mais atual é Justin Bieber, que teve seus últimos singles ouvidos seis milhões de vezes em uma semana via streaming e músicas no topo das paradas.
Para Mark Mulligan, da empresa especializada em análise de serviços digitais MIDiA, os publicitários dos Beatles resistiam ao streaming porque não queriam "diminuir possíveis vendas de reedições ou coletâneas por serem catálogos muito lucrativos".
Recentemente, diversos artistas questionaram os serviços de streaming. A cantora inglesa Adele chegou a barrar seu mais recente álbum, "25", nas plataformas digitais, liberando apenas o single "Hello". Com o veto, ela rompeu todos os recordes de vendas e downloads na semana de lançamento de um disco.
Em entrevista à revista americana "Time", Adele disse que acha o streaming descartável. "Eu não uso streaming. Faço download ou compro uma cópia física do disco. Acho streaming um pouco descartável. Acredito que a música deve ser um evento", afirmou a britânica. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.